Novo site reúne em um só lugar informações de interesse público que estavam em diferentes sites da Universidade
O objetivo do novo site é dispor as informações de maneira mais organizada e acessível a todos os públicos — Foto: DilokaStudio/Freepik
O Portal da Transparência da USP, que completa dez anos em 2024, está sendo reformado.
Fátima Nunes – Foto: Arquivo pessoal
“O Portal da Transparência mostra como o dinheiro público está sendo empregado. É muito importante esse esforço da USP de divulgar seus dados de maneira cada vez mais acessível, demonstra a lisura e a competência com que a Universidade realiza a gestão de recursos públicos”, diz Fátima Nunes, coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida).
As primeiras discussões sobre a mudança foram feitas em um Grupo de Trabalho criado pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), a fim de estabelecer quais seriam as principais mudanças. Em dezembro de 2022, a Reitoria da USP nomeou a Comissão Permanente do Portal de Transparência, que fez estudos para identificar possíveis melhorias em conjunto com a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e a Superintendência de Comunicação Social (SCS) da USP.
“Estudamos o documento do Cruesp, discutimos com cada uma das áreas todas as informações existentes e não existentes e fizemos o levantamento de tudo o que já poderia ser disponibilizado agora. Houve essa melhoria de algumas das funcionalidades de informática e o redesenho de todo o layout”, comenta Fátima.
Passada a fase de estudos e de análise do site, o objetivo foi dispor as informações do Portal da Transparência de maneira mais organizada e acessível a todos os públicos.
“Agrupamos as informações da área financeira, parte de licitações, convênio, gestão de pessoas e remuneração. Tudo isso foi feito para organizar essas informações que estão espalhadas pela Universidade, em vários sistemas separados. O Portal da Transparência então vira um grande diretório para que as informações sejam encontradas mais facilmente”, afirma George Campos, webdesigner e membro da Comissão Permanente do Portal da Transparência.
Novo layout do Portal da Transparência — Foto: Portal da Transparência USP
“Tudo que foi reformado pode ser baixado via planilha. Com o resultado da consulta, o usuário consegue trabalhar os dados do jeito que quiser, que é uma exigência da Lei de Acesso à Informação. Estamos trabalhando para que tudo fique mais fácil e que as informações possam ser disponibilizadas num formato mais amigável para quem pesquisar até o fim do ano”, completa Fátima.
George Campos – Foto: Arquivo pessoal
De acordo com João Eduardo Ferreira, Superintendente de Tecnologia e Informação da USP, “o principal desafio técnico para a implementação do novo Portal da Transparência foi a automatização dos processos computacionais para a extração, validação, formatação e disponibilização de grande volume de dados. Para atender a esse desafio, a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) desenvolveu uma ferramenta computacional configurável para atender as mais diversas demandas de análises de dados num curto espaço de tempo”. Atualizações da ferramenta estão por vir: “Os próximos passos dessa ferramenta computacional incluem a incorporação de algoritmos inteligentes para potencializar, otimizar e disponibilizar as análises das diversas áreas acadêmicas e administrativas da Universidade de São Paulo”, acrescenta Ferreira.
Principais mudanças
Uma das novidades são as “notas explicativas”, que trazem uma descrição das informações e o setor da USP responsável por elas. “Hoje temos dados sobre cursos de graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, internacionalização, atividades de assistência à saúde ou informações da comunidade universitária. Antes, isso não existia”, comenta Campos. Informações de contato com a USP, com o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e com o Escritório de Proteção de Dados e Informações também foram reorganizadas: “O Portal da Transparência não está acabado, ele precisa ser atualizado constantemente. Ele sempre vai analisar demandas que a sociedade exige que sejam colocadas no site”, diz.
O antigo portal tinha ênfase na exibição da remuneração dos servidores. No entanto, nem todas as informações eram de fácil acesso. “Nós já tínhamos uma consulta de remuneração de servidores e docentes, mas não era possível fazer filtros, então se ela quisesse saber, por exemplo, quem é aposentado e quem que não é, não tinha como, isso estava tudo espalhado em vários locais”, diz a coordenadora do Egida, Fátima Nunes.
O próximo passo é melhorar o campo de buscas. “Para acessar os contratos da Universidade, o usuário tem que saber qual é o grupo responsável, ele não consegue fazer uma busca mais simples. Nós estamos melhorando agora essas funções para que fique mais fácil”, explica Fátima. Ela também explica que nem todas as informações são disponibilizadas diretamente pela USP. Algumas informações sobre licitações, por exemplo, vêm do governo federal, e por isso levarão mais tempo para serem agrupadas no Portal da Transparência. “Como mudou a lei de licitação, a USP ainda está migrando para usar o sistema do governo federal.”
Além das licitações, há os contratos, convênios e execução financeira. “Temos os dados disponibilizados mas de maneira muito técnica. Estamos estudando formas para disponibilizar os dados de maneira mais palatável”, finaliza a coordenadora.
Por Bárbara Bigas – Estagiária sob supervisão de Erika Yamamoto
Jornal da USP
