Grupo Terapêutico para borderlines, bipolares e afins

A equipe do Apoia USP divulga essa atividade grupal voltada aos membros da comunidade USP São Carlos.

Em um mundo que muitas vezes estigmatiza a complexidade em transtornos mentais, nosso grupo terapêutico emerge como uma alternativa de compreensão, apoio e construção. Nossa colagem simboliza os estereótipos frequentemente associados aos borderlines e bipolares, retratando-os como personagens ‘loucos’ ou estigmatizados como viciados. Essa representação serve como um convite à reflexão sobre o verdadeiro significado desses diagnósticos, reconhecendo a multiplicidade de experiências que eles abrangem.

Na sociedade ocidental, a loucura ainda é associada a sentimentos depreciativos, como repulsa, medo, instabilidade, perigo e irracionalidade. Essas representações fazem parte de um imaginário social do ser louco, construído e mantido historicamente, que banaliza os sofrimentos psíquicos e inibe qualquer sensibilização, destinando a essas pessoas um lugar de exclusão.¹ [Centro Cultural Banco do Brasil. (2021). Nise da Silveira: A revolução pelo afeto [Exhibition]. Rio de Janeiro]

Assim, o Apoia USP convida para um espaço confidencial e terapêutico. Neste grupo, os estereótipos caem, permitindo que as vozes sejam ouvidas sem o peso dos estigmas. Acreditamos na força da comunidade para impulsionar a cura e a compreensão mútua.

Já se foi o tempo em que a terapia de grupo era considerada uma forma inferior de psicoterapia em comparação à terapia individual. Tanto a psicoterapia individual quanto a vivência em grupo visam não apenas a melhora sintomática, mas também a elaboração de conflitos. A vivência em grupo permite uma compreensão muito mais ampla e rica dos diferentes padrões de ação dos indivíduos em relação a diferentes pessoas, em situações variadas, e em condições muito mais próximas da realidade da vida quotidiana.

[Cahil, C. R. (2015). Los desafíos de los transtornos de la personalidad. Editorial Grupo 5.]

Junte-se nesta jornada de compartilhamentos e reflexões para além dos diagnósticos psiquiátricos. Para obter mais informações sobre o grupo terapêutico, acesse o @apoia.usp.sc no Instagram ou mande um e-mail para apoia.sc@usp.br. Sua história é única, e estamos aqui para te escutar.

[…] Diagnosticados estamos todos nós – é uma suposição factível. Nossa cura está no mergulho profundo, tendo o outro e a própria existência como coletes salva-vidas [Centro Cultural Banco do Brasil. (2021). Nise da Silveira: A revolução pelo afeto [Exhibition]. Rio de Janeiro]

Os encontros ocorrerão às quartas-feiras, às 17 horas, a partir do dia 17/04/2024. Para se juntar ao nosso grupo terapêutico, por favor, acesse este link. Não é necessário um diagnóstico psiquiátrico para participar.

 

Por Apoia USP

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