Alunos da USP São Carlos conquistam primeiro lugar no Hackaton da Receita Federal

Da esquerda para a direita: André Luiz Pereira (ICMC), Thiago Henrique Marques (EESC), Giovanna Gonçalves de Azevedo (IQSC) e Eduardo William Cardoso de Lima (EESC)

Um grupo formado por estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP ganhou o primeiro lugar no 1º Hackathon da Receita Federal, regional de São Carlos. Trata-se de uma maratona que reúne pessoas para pensarem e desenvolveram soluções inovadoras para problemas específicos. Neste caso, os alunos transformaram cigarros eletrônicos, conhecidos também como vapes, em nebulizadores.

“A nossa motivação em participar desse tipo de evento se deu muito pelo fato de acreditarmos no potencial de transformar conhecimento em soluções, o que é proposto desde o início da nossa jornada de formação na universidade. Neste evento, o desafio era propor uma sobrevida a toneladas de lixos eletrônicos apreendidos pela Receita e que são incinerados todos os anos”, destaca Eduardo William Cardoso de Lima, aluno do terceiro ano de Engenharia de Materiais e Manufatura da EESC, que integrou o grupo juntamente com Thiago Henrique Marques, também do curso de Engenharia de Materiais e Manufatura; Giovanna Gonçalves de Azevedo, aluna de Química com Ênfase em materiais, e André Luiz Pereira, de Sistemas de Informação.

Nesta primeira edição do Hackaton, os participantes foram convidados a reverter cigarros eletrônicos apreendidos em soluções de impacto social e ambientais escaláveis. Após 48 horas de dedicação total e de vários protótipos, o grupo construiu um nebulizador ultrassônico para aplicação de remédios tópicos.

Na foto, um vape com adaptações para a nova função

“Recebemos um kit com quatro vapes de diferentes formatos. Descartarmos umas carcaças em razão da contaminação por nicotina, já que mantê-las poderia expor o usuário final aos efeitos cumulativos da nicotina. Além disso, o descarte adequado poderia ser revertido para custear o projeto para uma nova embalagem. A transformação foi muito bem-sucedida e a ideia foi destacada justamente pela finalidade que demos ao novo produto, algo benéfico para a saúde, bem como para o meio ambiente e a sustentabilidade”, ressalta Lima.

Ao alcançar o primeiro lugar no Hackaton, o grupo participou de uma cerimônia festiva organizada pela Receita Federal, em São Paulo, além de receberem um passe livre para todos os espaços do ONOVOLAB, hub que reúne o ecossistema de inovação em São Carlos.

“Esse primeiro lugar representa não apenas a persistência e a força de vontade do nosso grupo, mas também a capacidade e o papel da Escolas e dos Institutos da USP em formar bons profissionais”, conclui Lima.

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