Edição de 2025 do Encontro de Dirigentes da USP apresenta principais resultados da gestão

O encontro foi uma oportunidade para os dirigentes conhecerem e avaliarem as atividades desenvolvidas pela gestão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda

Mais de 150 dirigentes participaram da reunião, realizada no Museu do Ipiranga, em São Paulo – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A Reitoria promoveu, no dia 1º de dezembro, o Encontro de Dirigentes 2025. A reunião, que contou com a presença de mais de 150 diretores e vice-diretores das unidades de ensino e pesquisa, institutos, centros especializados e órgãos da Reitoria, foi realizada na sede do Museu do Ipiranga, em São Paulo. O encontro foi uma oportunidade para os dirigentes conhecerem e avaliarem as atividades desenvolvidas pela gestão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e da vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda.

O diretor do museu, Paulo César Garcez Marins, fez a abertura do evento relembrando que o museu recebeu uma reunião deste tipo logo após a sua reabertura, em 2022. Segundo ele, neste mês de dezembro, o museu atingirá a marca de dois milhões de visitantes desde a sua reinauguração, após um processo de modernização e de ampliação do edifício-monumento.

Em seguida, foi a vez da apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp), que executou obras de Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, H. Purcell, G. F. Haendel e O. Respighi, com a regência do maestro Tobias Volkmann e a participação da soprano Graziela Oliveira, que é aluna da Escola de Comunicações e Artes (ECA).

Após o concerto da orquestra, a vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, falou sobre os desafios e principais projetos desenvolvidos à frente da Vice-Reitoria nesses quatro anos, dentre eles a consolidação de processos e aprimoramento dos sistemas de avaliação institucional e de admissão de novos docentes, a reorganização da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), a consolidação do sistema de avaliação institucional e de docentes e a criação do Centro Observatório das Instituições Brasileiras (COI).

“Desde a década de 1990, o programa da Fuvest não mudava. Esse trabalho, realizado em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação, foi notável para que essa atualização fosse realizada”, afirmou Maria Arminda. Entre as mudanças no vestibular, foi incluída uma nova lista de leituras obrigatórias para o exame a partir de 2026, composta somente de mulheres autoras de língua portuguesa.

A Vice-Reitoria também foi responsável pela coordenação das comemorações dos 90 anos da USP. Uma das ações realizadas foi o lançamento do edital da Editora da USP (Edusp) para fomentar textos acadêmicos de alta qualidade que abordassem as experiências políticas, intelectuais e científicas da USP desde sua fundação, em 1934, até os dias atuais. A Edusp se responsabilizou pela publicação e comercialização e também pelo projeto gráfico, produção editorial e impressão dos títulos. A iniciativa de abrir o concurso de publicações sobre os 90 anos partiu da preocupação de comemorar a efeméride indo além de um simples festejo.

Seis publicações foram selecionadas: O Avanço da Inovação na USP, de Guilherme Ary Plonski; A Faculdade de Educação e a Formação Docente na USP, de Diana Gonçalves Vidal e Bruno Bontempi Jr.; Educação Física, Esporte e Cinesiologia Humana na USP, de Edison de Jesus Manoel; Nicolas Bourbaki e a Gênese da Matemática na USP, de Flavio Ulhoa Coelho; Percursos Patrimoniais na USP, de Flávia Brito do Nascimento (org.); e Uma História do CoralUSP, de Stella Maris Scatena Franco.

O encontro contou com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O encontro contou com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A regência do concerto foi do maestro Tobias Volkman -oto: Cecília Bastos/USP Imagens

A regência do concerto foi do maestro Tobias Volkman -oto: Cecília Bastos/USP Imagens

Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A vice-reitora Maria Arminda do Nascimento falou sobre os desafios de sua gestão - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A vice-reitora Maria Arminda do Nascimento falou sobre os desafios de sua gestão – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O reitor e vice-reitora com os pró-reitores da Universidade - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O reitor e vice-reitora com os pró-reitores da Universidade – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Progressão docente

Maria Arminda apresentou os resultados do processo de progressão horizontal de docentes, realizado pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA), da qual é presidente. A progressão horizontal compreende a promoção de Doutor 1 para Doutor 2; de Associado 1 para Associado 2; e de Associado 2 para Associado 3. A mudança de nível resulta em acréscimo salarial.

Segundo ela, neste ano, dos 1.975 professores em condições de se candidatarem à progressão, 1.421 se inscreveram para o processo e, desses, 1.367 foram contemplados, o que corresponde a 96% do total dos inscritos.  Dos 1.367 que foram contemplados com a progressão, 266 foram promovidos para professor Doutor 2; 560 para professor Associado 2 e 541 para professor Associado 3.

Elegíveis Inscritos Promovidos
Professor doutor 1 (MS-3.1) 554 285 266
Professor associado 1 (MS-5.1) 743 581 560
Professor associado 2 (MS-5.2) 678 555 541
Total 1.975 1.421 1.367

Em relação ao futuro da Universidade, a vice-reitora apontou a necessidade de implementação de políticas de participação coesa da USP na agenda pública nacional, de financiamentos para projetos e iniciativas, de fortalecimento da relação dos museus da USP com a sociedade, de estímulo à inovação dirigido à área funcional da Universidade, e de equidade de gênero na USP.

Principais projetos

O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior abordou os projetos desenvolvidos ao longo dos quatro anos de gestão para fortalecer o ensino, a inclusão, a pesquisa, a inovação, a pós-graduação, a internacionalização, o compromisso social da Universidade e a sustentabilidade.

Carlotti expôs as ações para valorização das carreiras docente e dos servidores técnicos e administrativos e a reposição do quadro de recursos humanos, com a concessão de 1.513 cargos para a contratação de professores e a criação de 1.128 empregos públicos para novos servidores. Também apresentou os investimentos realizados na infraestrutura para os cursos de graduação e na aquisição de equipamentos para a pesquisa e na construção de novos prédios em todos os campi da Universidade.

Em relação ao ingresso de novos estudantes, o reitor falou sobre a criação do Provão Paulista, em parceria com a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, que oferece, anualmente, 1.500 vagas na USP. O Provão Paulista é um exame seriado para alunos da escola pública, em que o estudante faz provas ao longo dos três anos do ensino médio, permitindo a análise de seu desempenho, o que possibilita a adoção de medidas e ações voltadas ao aprimoramento desse nível de ensino.

Na pós-graduação, foi implementado um novo modelo que envolve as seis universidades públicas paulistas –USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Essa mudança possibilitou aos programas de excelência dessas instituições, com notas 6 ou 7 na avaliação da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), adotar mudanças estruturantes no modelo de seus cursos para torná-los mais flexíveis, modernizando o conteúdo das disciplinas, oferecendo atividades extramuros, dando novo significado ao mestrado e dinamizando o doutorado.

No tema da sustentabilidade, foram desenvolvidos projetos com o objetivo de transformar os campi em exemplos para as cidades em que a USP está localizada no que se refere ao cuidado com a água, com resíduos sólidos, à emissão de carbono e à produção de energia.

Carlotti também discorreu sobre a criação dos centros internacionais dos campi e de centros especializados ligados à Reitoria, nas áreas de Amazônia sustentável, oncologia de precisão, agricultura, inteligência artificial e mitigação dos efeitos dos gases estufa. Por fim, agradeceu a todos os dirigentes que fizeram parte da gestão.

Após a reunião, os diretores tiveram a oportunidade de conhecer a exposição Debret em Questão – Olhares Contemporâneos, que entrou em cartaz no dia 25 de novembro. A exposição, com a curadoria de Jacques Leenhardt e Gabriela Longman, integra a Temporada França–Brasil 2025, que celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

Texto: Adriana Cruz
Arte: Gustavo Radaelli

Por Jornal da USP

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