Chamada de pacientes para tratamento complementar de faringotonsilites (infecções na garganta)

(Créditos: Primary Care Walk-in Medical Clinic)

Parceria entre IFSC/USP com Santa Casa da Misericórdia / UFSCar e UPA Santa Felícia

Chamada de pacientes a partir do dia 3 de fevereiro e com duração de seis meses

No âmbito de um estudo desenvolvido pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), envolvendo esta Unidade da Universidade de São Paulo, a Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), o Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a UPA do Bairro Santa Felícia, inicia-se no dia 03 de fevereiro uma chamada de pacientes para o tratamento complementar de faringotonsilites (infecções de garganta). Esta ação – supervisionada pelos docentes e pesquisadores do IFSC/USP, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, Profa. Dra. Kate Cristina Blanco, Dra. Fernanda Mansano Carbinatto e Isabella Dotta Damha Santiago, em colaboração com as professoras do Departamento de Medicina da UFSCar, Dra Esther Angélica Luiz Ferreira, e Dra. Cristina Helena Bruno, e com as equipes médicas e de enfermagem da UPA Santa Felícia – , terá a duração aproximada de seis meses e utilizará a aplicação de designada Terapia Fotodinâmica (TFD) podendo ser associada ou não à administração de antibióticos.

Pesquisadora Dra. Fernanda Mansano Carbinatto e a Enfermeira-Colaboradora Isabella Dotta Damha Santiago – ambas do IFSC/USP-CEPOF

Os tratamentos serão efetuados em dias alternados, tanto na UPA Santa Felícia quanto na UTF e com acompanhamento médico. Os pacientes serão observados por um médico da UPA Santa Felícia, com o intuito de detectar a presença de uma bactéria específica – o Streptococcus* – responsável pelas faringotonsilitesPerante a confirmação da existência dessa bactéria, detectada através da aplicação de um teste rápido, é normal o médico prescrever um determinado antibiótico para combater a infecção, sendo que, neste caso concreto, o clínico da UPA Santa Felícia encaminhará o paciente para um tratamento complementar imediato dentro da própria unidade de pronto atendimento – tratamento esse que é indolor e realizado com base em Terapia Fotodinâmica (TFD) –, ou para a UTF localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Este tratamento – de aplicação única e indolor – demora cerca de seis minutos e tem o objetivo de anular a atividade da bactéria sem causar qualquer resistência antibacteriana, como explica a pesquisadora do IFSC/USP-CEPOF, Dra. Fernanda Carbinatto. “O tratamento com base em TFD é um complemento à administração de antibióticos. A faringotonsilite é uma queixa muito frequente dos pacientes, e ela pode ser recorrente, ou seja, surgir muitas vezes no mesmo indivíduo. De forma simplificada, a TFD é a aplicação de uma luz sobre um fotossensibilizador que neste caso é a curcumina – derivada do “açafrão da terra”, que é apresentado em forma de bala. Assim, o paciente chupa essa bala e aí entra a ação da luz. Muito fácil, rápido, indolor e extremamente eficaz”, pontua a pesquisadora.

O protocolo destes tratamentos, que será realizado pela Enfermeira-Colaboradora do IFSC/USP-CEPOF, Isabella Dotta Damha Santiago, envolverá três grupos específicos de pacientes:

*Grupo 1 – Pacientes que testarem positivo para a bactéria Streptococcus devem receber a prescrição de antibiótico, seguida da aplicação de TFD;

*Grupo 2 – Pacientes que testarem positivo para a bactéria Streptococcus e já realizaram o tratamento com antibiótico sem apresentar melhora dos sintomas. Nesses casos, será realizado o tratamento antibiótico (conforme critério médico) concomitante à TFD;

*Grupo 3 – Pacientes que testarem negativo para a bactéria Streptococcus, mas apresentarem sintomas. O médico decide a conduta medicamentosa, e o paciente será tratado com TFD independente;

UPA Santa Felícia na linha da frente

Camila Hernandes (Supervisora da UPA Santa Felícia); Elaine Cristina de Paula (Enfermeira Responsável Técnica da UPA Santa Felícia) e Isadora Fresch (Coordenadora Médica da unidade)

Como mencionado, a UPA do Bairro Santa Felícia estará na linha de frente deste tratamento, em colaboração com a UTF da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, numa ação inédita em termos de pesquisa.

Segundo a coordenadora médica da Unidade de Pronto Atendimento, Dra Isadora Fresch, as faringotonsilites apresentam-se como uma condição clínica comum que afeta um grande número de pacientes nos serviços de saúde de São Carlos. “A resistência antimicrobiana tem desafiado a eficácia dos tratamentos convencionais com antibióticos, resultando em casos recorrentes e que se agravam em meio a nossa comunidade”, sublinha a coordenadora. Para a Dra. Isadora Fresch, a Terapia Fotodinâmica é uma técnica segura e moderna para auxiliar no tratamento de infecções e inflamações na garganta. “A implementação deste método como tratamento complementar na UPA Santa Felícia, em São Carlos, representa um marco significativo para a saúde pública local. A disponibilização deste tratamento na UPA Santa Felícia é uma conquista que reafirma o compromisso com a inovação, segurança e humanização no atendimento à saúde da população de São Carlos. Oferecer esse tratamento auxiliar e gratuito aos pacientes garante uma maior qualidade na assistência, favorecendo uma recuperação rápida, eficiente, indolor e sem efeitos colaterais. É a oportunidade de um tratamento inovador chegar ao alcance da população”, enfatiza a médica.

O entusiasmo da equipe médica e de enfermagem da UPA Santa Felícia – prontos para iniciarem a colaboração nesta pesquisa

Clicando na imagem abaixo (Créditos – verywellhealth), confira os depoimentos do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP) e da Dra. Esther Ferreira (UFSCar).

Nesta chamada, pacientes com idades acima de dezoito anos poderão se inscrever, exceto oncológicos, lactantes e gestantes. Todas as informações e inscrições para este estudo poderão ser feitas exclusivamente pelo WhatsApp: (16) 99752-9333.

* O Streptococcus do grupo A é o tipo de bactéria que pode causar as infecções mais graves, embora esteja naturalmente presente em alguns locais do corpo, especialmente na boca e na garganta, além de poder estar presente na pele e no trato respiratório. Essa bactéria pode ser facilmente transmitida de pessoa para pessoa por meio do compartilhamento de talheres, beijos ou secreções, como espirros e tosse, ou por meio do contato com secreções de feridas de pessoas infectadas.

Por Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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