Universidade tem realizado parceria com empresas e estimulado o empreendedorismo entre seus pesquisadores e alunos

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Todo o conhecimento científico, tecnológico e cultural produzido na universidade é um patrimônio à disposição da sociedade. Mas parte dessa produção, para chegar às pessoas, precisa ser transformada em tecnologias, em produtos aplicáveis para melhorias de processos, para industrialização, serviços. E para isso ocorrer, centros de pesquisa realizam parcerias com empresas, que adquirem o direito de produzir em larga escala e comercializar essas soluções. Em linhas gerais, esse é o processo que define a inovação: desenvolver um produto (bem/serviço) novo ou significativamente melhorado, ou criar novos processos e métodos de melhorias.
O acesso à produção industrial e intelectual da universidade pode ser obtido através da aquisição de patentes, marcas, direitos autorais de livros, softwares, músicas, entre outras criações. Na USP, quem coordena essa intermediação e fornece apoio aos pesquisadores, alunos e funcionários em relação ao setor produtivo é a Agência USP de Inovação (Auspin).
Marcos Martins, coordenador da agência, argumenta que a inovação no ambiente acadêmico pode ser gerada a partir de uma pesquisa ou ideia de um docente que deseja produzir mais do que artigos e papers. “Isso não é conflito de interesse; pelo contrário. E deve ser estimulado, não punido”.

Marcos Nogueira Martins, coordenador da Agência USP de Invoação – Foto: SciBiz Conference 2020
A interação entre os setores públicos produtores de conhecimento, como universidades e institutos de pesquisas, e o setor privado está delimitada no Decreto nº 9.283/2018, que regulamenta o Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016), a partir da Lei nº 10.973/2004 e da Emenda Constitucional no. 85/2015.7
Mais do que buscar parcerias com empresas, a USP tem atuado para estimular o empreendedorismo na sua própria comunidade acadêmica. Ou seja, incentivar os pesquisadores a transformarem suas soluções inovadoras em negócios. A Universidade sedia dois parques tecnológicos, um em São Paulo (Cietec) e outro em Ribeirão Preto (Supera), além de incubadoras e aceleradoras de empresas.
Os parques foram criados para promover ciência, tecnologia e inovação. Eles oferecem infraestrutura e suporte para empresas de bases tecnológicas. Já as incubadoras procuram encurtar as etapas que compõem o caminho do empreendedor, desde o surgimento da ideia inicial até o sucesso do empreendimento. Os ajustes e correções são feitos antes que o produto ou serviço chegue ao mercado.
As iniciativas podem ser conferidas no portal Solus da Auspin, que reúne iniciativas, projetos, empresas e cursos para facilitar a conexão entre academia e empresas.
Por Jornal da USP