Prevê-se que o orçamento da Universidade será da ordem de R$ 9,41 bilhões, o que representa um acréscimo de 2,87% em relação ao ano de 2025

A reunião do Conselho Universitário foi realizada no dia 11 de novembro, no prédio da Reitoria – Foto: Adriana Cruz
O Conselho Universitário aprovou, em sessão realizada no dia 11 de novembro, as diretrizes orçamentárias para a aplicação dos recursos da USP no ano de 2026. As diretrizes têm como objetivo orientar a elaboração da proposta de orçamento da Universidade, que deverá ser discutida na próxima reunião do Conselho, prevista para dezembro, além de refletir a política orçamentária geral da USP por meio da destinação de recursos a atividades prioritárias.
A proposta orçamentária do Estado de São Paulo para o próximo ano prevê que o orçamento da Universidade, que recebe a cota-parte de 5,02% da arrecadação do ICMS estadual, será da ordem de R$ 9,41 bilhões, o que representa um acréscimo de 2,87% em relação ao ano de 2025.
Desse montante, R$ 8,3 bilhões referem-se aos repasses do governo estadual e R$ 1,16 bilhão refere-se a recursos de receitas próprias (prestação de serviços, aluguéis, reembolsos etc.).
De acordo com as diretrizes aprovadas pelo Conselho para 2026, as despesas da USP com folha de pagamento serão de R$ 7,9 bilhões, 5,63% maiores do que no ano passado, e incluem os recursos necessários para dar continuidade aos concursos públicos para a contratação de servidores docentes e técnicos e administrativos e a recomposição do poder de compra dos salários, aposentadorias e benefícios. Esse valor corresponde ao comprometimento estimado de 84,1% dos recursos do Tesouro do Estado.
As despesas com outros custeios e investimentos estarão no patamar de R$ 1,33 bilhão, que correspondem ao comprometimento de 14,1% dos recursos do Tesouro do Estado.
Ao final de 2026, prevê que a reserva patrimonial de contingência da USP alcance R$ 2,9 bilhões. A reserva tem valor equivalente a três folhas de pagamento mensais da Universidade, conforme definido nos Parâmetros de Sustentabilidade Econômico-Financeira da USP.
O orçamento da Universidade deverá ser baseado na análise dos dados sobre a execução orçamentária, nas informações e sugestões obtidas junto às unidades sobre suas necessidades específicas e nas contribuições dos membros do Conselho Universitário e dos órgãos da Administração da Universidade.
Perspectivas econômicas
Na mesma sessão, foi apresentada a revisão do Planejamento Plurianual da USP, documento que estabelece os parâmetros para evolução das despesas gerais da Universidade, para o período de 2023 a 2026.
O documento considera as perspectivas da economia – tomando por base estimativas dos últimos anos divulgadas pelo Banco Central e as projeções realizadas pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage) da USP – e os objetivos gerais da Universidade no que diz respeito às políticas de investimentos e contratações de docentes e servidores técnicos e administrativos nos próximos anos.
Para o fechamento do ano de 2025, o nível de comprometimento das receitas do Tesouro com as despesas de pessoal é de 85,5%. Para 2026, esse índice será de 84,2%.
Por Adriana Cruz – Jornal da USP



