O Escritório de Apoio a Financiamentos Internacionais de Pesquisa oferece apoio institucional a pesquisadores da USP que estejam interessados em participar de chamadas de agências de fomento estrangeiras
Submeter projetos de pesquisa a grandes agências de fomento internacionais requer não apenas um projeto sólido em termos acadêmicos, mas também o conhecimento das exigências dos editais e persistência para superar os entraves burocráticos.
Com o propósito de incentivar os pesquisadores a participar dessas chamadas, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) criou o Escritório de Apoio a Financiamentos Internacionais de Pesquisa (Efip), também chamado de Grant Office, que oferece apoio institucional ao pesquisador e aos Escritórios de Apoio à Pesquisa das unidades, desde a submissão do projeto à prestação de contas, além de fazer a prospecção e a divulgação de oportunidades.
“A USP é uma universidade de vocação internacional. Temos grupos de pesquisa com liderança mundial em várias áreas, de interesse que transcende as nossas fronteiras. E as agências de fomento internacionais buscam bons projetos para apoiar, com olhos crescentemente voltados à América Latina. O novo Escritório permitirá aproveitarmos melhor esse potencial, como ocorre em outras grandes universidades do mundo”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Paulo Alberto Nussenzveig.
Inspirado em escritórios semelhantes existentes em universidades estrangeiras, o Grant Office começou a funcionar em abril e, nesses seis meses de atuação, definiu diretrizes e procedimentos, estruturou suas atividades e mapeou as principais dificuldades encontradas por nossos pesquisadores ao submeter projetos em editais internacionais.
O Grant Office atua em parceria com os Escritórios de Apoio à Pesquisa das unidades – que são os responsáveis pela execução do projeto – facilitando, por exemplo, o contato com a instituição estrangeira de fomento, estabelecendo convênios, orientando os pesquisadores no empenho os recursos.
Para Nussenzveig, “existem experiências bem-sucedidas em várias unidades, mas o conhecimento não é suficientemente compartilhado em toda a Universidade. O Grant Office permitirá difundir as boas práticas pelos nossos campi e, com o tempo, ganharemos cada vez mais experiência e nos tornaremos ainda mais eficientes, beneficiando amplamente a comunidade uspiana”.
Prospecção de oportunidades
A pró-reitora adjunta de Pesquisa, Susana Inês Córdoba de Torresi, explica que “criar um Grant Office era uma de nossas metas desde o início desta gestão. Estamos convencidos de que a USP tem capacidade para captar um volume muito maior de recursos internacionais para pesquisa do que tem obtido até agora. Há diferentes explicações para isso. Por um lado, muitos pesquisadores não sabem que existem as oportunidades, por outro, muitas vezes, eles ficam cautelosos em submeter um projeto”.
Dessa forma, além de auxiliar os pesquisadores e as unidades na submissão e execução do projeto, o Grant Office também tem o papel de fazer a prospecção das chamadas de agências como os National Institutes of Health (NIH), Wellcome Trust, UK Research and Innovation (UKRI), Office of Naval Research (ONR), entre outras, identificar as melhores oportunidades e divulgar para os pesquisadores.
“A ideia é que o Escritório faça uma curadoria das chamadas, divulgando as oportunidades em que os nossos pesquisadores teriam maior chance, em todas as áreas do conhecimento. Atualmente, a área que mais capta recursos internacionais para pesquisa é a de saúde, mas acreditamos no potencial da Universidade também em outras áreas como, por exemplo, as engenharias”, afirma a pró-reitora adjunta.
Susana também ressalta que o Grant Office é uma maneira de obtermos informações mais precisas sobre o desempenho da Universidade na captação de recursos internacionais para pesquisa, à medida que o Escritório comece a centralizar a submissão dos projetos. “A primeira coisa que precisamos é descobrir quais são os números da USP. Como, até agora, a participação em chamadas internacionais era feita diretamente pelo pesquisador, não temos dados consistentes sobre o volume dos recursos captados e o porcentual de sucesso das inscrições. É difícil falarmos em metas sem conhecer esses números, por isso, estamos trabalhando para fazer um mapeamento e, com base nessas informações, ir ajustando nossa atuação”, explica.
Por Erika Yamamoto – Jornal da USP