Estágios e Oportunidades

Edital vai apoiar projetos voltados a promover o uso de resíduo na geração de bioenergia

A FAPESP e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sima) lançaram uma chamada conjunta para apoiar projetos de pesquisa que abordam a valorização de resíduos urbanos e agroindustriais com aplicação na bioenergia. O edital, ligado ao Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), recebe propostas até 31 de março de 2022. A FAPESP reservou R$ 13 milhões para apoiar os projetos aprovados.

“A parceria entre a FAPESP-BIOEN e a Sima tem todos os ingredientes no que diz respeito à visão de futuro que buscamos endereçar quanto aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Outro ponto importante está em aproximar a academia da indústria e das empresas, permitindo transformar descobertas científicas e tecnológicas em inovação e desenvolvimento”, disse Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, durante a cerimônia virtual de lançamento do edital.

Já há alguns anos, o lixo vem sendo entendido como resíduo que pode ser convertido em grande valor energético. Tanto que há uma busca pelo desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias para a redução do volume dos resíduos e para a geração de energia, riqueza e renda a partir deles.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, destacou que a chamada tem como foco central impulsionar a criação de políticas públicas baseadas em evidências. “Acredito que essa chamada será um marco em um tipo de pesquisa que temos reforçado no âmbito da FAPESP como uma ação permanente. Além dessa parceria com a Sima, temos trabalhado com outras secretarias e também com o esforço dos diversos programas da Fundação, como o de mudanças climáticas [PFPMCG], o de biodiversidade [BIOTA] e o BIOEN”, disse.

Os interessados devem elaborar propostas de pesquisa em uma das seis áreas temáticas e prioritárias da chamada. Entre os temas estão o tratamento e pré-processamento de resíduos; desenvolvimento de rotas de conversão e aplicação de conceitos de economia circular com fins de redução do impacto ambiental; otimização dos sistemas regionais de coleta e tratamento com vistas à produção de bioenergia; superação de barreiras culturais, institucionais e políticas para a implantação desses sistemas; e processos de produção e uso de biometano e hidrogênio a partir de biogás.

“ O Brasil assinou, na COP-26 em Glasgow, o compromisso de corte acentuado das emissões de metano. Dados do inventário de emissões do Brasil mostram que 76,12% vêm do agro e 15,8% da questão de resíduos. Portanto, nada mais importante do que essa chamada que pega nos dois pontos centrais, particularmente sobre a questão de energia e da diminuição de gases metano”, afirmou o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania – SP), durante o lançamento do novo edital.

A chamada conta com cinco modalidades de apoio. Três delas são instrumentos de fomento à pesquisa (Auxílio à Pesquisa – Regular, Auxílio à Pesquisa – Temático, Auxílio à Pesquisa – Jovem Pesquisador) e as outras duas de fomento à inovação (Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica – PITE e Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas – PIPE). Esses dois últimos programas apoiam a execução de pesquisa científica e tecnológica em micro, pequenas e médias empresas no Estado de São Paulo.

“A chamada tem um grande potencial de multiplicar o impacto da pesquisa e criar sinergias entre a academia e a indústria”, disse Glaucia Souza, professora do Instituto de Química da USP e membro da coordenação do BIOEN.

“Essa parceria é fundamental, pois é a soma de atores que nos leva a prosseguir na busca de soluções para o meio ambiente”, completou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido.

Mais informações: https://fapesp.br/15182/chamada-de-propostas-fapespbioen-pesquisas-em-valorizacao-de-residuos-urbanos-e-agroindustriais-para-bioenergia.

Por Maria Fernanda Ziegler – Agência FAPESP


Treinamento técnico em administração e ciências agrárias em Centro de Pesquisa em Engenharia

O Centro de Pesquisa em Engenharia Fitossanidade em Cana-de-Açúcar (CPE-FCA) recebe inscrição até sábado (08/01) para uma vaga de treinamento técnico nível dois (TT-2) em administração e ciências agrárias, com bolsa da FAPESP.

O CPE-FCA é apoiado pela FAPESP e pelo Grupo São Martinho e tem sede na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp), em Jaboticabal.

O bolsista realizará atividades de controle orçamentário, construção e monitoramento de indicadores de desempenho, acompanhamento de processos de suprimento e impacto econômico dos projetos de pesquisa do CPE-FCA de forma articulada com as instituições envolvidas e sob a supervisão da coordenação executiva.

O candidato deve estar cursando o ensino superior nas áreas de administração ou ciências agrárias. Será valorizada a experiência com iniciação científica ou atividades de extensão, preferencialmente nas áreas de administração financeira. Além disso, o candidato deve ter conhecimento intermediário para avançado em planilhas eletrônicas e fluência no idioma inglês, sendo valorizada experiência internacional.

Para se inscrever, os interessados devem enviar, em formato PDF, currículo Lattes, histórico escolar do ensino médio técnico e da graduação para o e-mail stela.montoro@unesp.br. Os históricos escolares deverão conter a carga horária de cada disciplina cursada, estágios ou outras atividades curriculares, com as respectivas frequências e notas obtidas.

Mais informações sobre a vaga em: www.fapesp.br/oportunidades/4756/.

A Bolsa TT-2 tem valor de R$ 878,00 mensais e é voltada para alunos de cursos técnicos de nível médio e superior, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício, para dedicação de 16 a 40 horas semanais (o valor da bolsa a ser paga será proporcional ao número de horas semanais) às atividades de apoio ao projeto de pesquisa.

Mais informações sobre as bolsas de Treinamento Técnico da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.

Outras vagas de bolsas, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades, em www.fapesp.br/oportunidades.

Por Agência FAPESP


 

Até 40 bolsas para parcerias entre Brasil e Alemanha

CAPES e DFG financiarão projetos de Engenharia; período para inscrições das propostas vai até as 17h de 11 de fevereiro de 2022

A CAPES e a Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) vão financiar até cinco projetos conjuntos entre pesquisadores de instituições brasileiras e alemãs na área de Engenharia, para os temas Digitalização Avançada e Indústria 4.0. As propostas devem ser apresentadas até as 17h de 11 de fevereiro de 2022, por meio do Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes). A Fundação concederá até 40 bolsas, todas de doutorado-sanduíche.

Cada projeto deve ter duração máxima de quatro anos. Além das bolsas, serão oferecidos recursos para manutenção, missões de trabalho e participação no fórum anual do programa. As informações constam na atualização do Edital nº 15/2021, referente ao Programa de Iniciativa de Pesquisa Colaborativa (PIPC) – CAPES/DFG, publicada na edição desta quinta-feira, 23 de dezembro, do Diário Oficial da União. O documento também está disponível no site da CAPES.

Instituições ainda não registradas no Sicapes têm até 4 de fevereiro para solicitar o cadastramento. Dúvidas e questionamentos a respeito do edital podem ser enviadas pelo sistema Linha Direta ou pelo e-mail inscricao.pipc@capes.gov.br, até 9 de fevereiro. No dia 28 do mesmo mês, a CAPES publicará a relação das inscrições recebidas.

A Fundação analisará as propostas até agosto. Os interessados terão um período de até três dias úteis, contados a partir da comunicação realizada pela CAPES, para recorrer. A decisão conjunta da Agência e da DFG está prevista para setembro e a divulgação do resultado, para novembro de 2022.

Dezembro é o mês estimado para o início das atividades dos projetos. A mobilidade dos bolsistas se dará a partir de 2023, sempre em março e setembro.

Sobre o programa

O Programa de Iniciativa de Pesquisa Colaborativa (PIPC) – CAPES/DFG é voltado ao fortalecimento da cooperação, formação e ampliação das redes de pesquisa entre brasileiros e alemães, além da mobilidade de alunos, professores e pesquisadores dos dois países. O programa ainda apoia projetos conjuntos para a criação de redes de pesquisa.

Legenda das imagens:
Banner: Imagem ilustrativa (Foto: iStock.com/bernardbodo)
Imagem 1: A Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) é parceira da CAPES em financiamento de projetos conjuntos entre cientistas alemães e brasileiros (Foto: DGF.ed)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CCS/CAPES)


 

MCTI lança prêmio para promover pesquisa em biodiversidade

Projeto realizado em parceria com a FINEP/MCTI, CNPq/MCTI, RNP/MCTI e a Unesco visa revelar talentos e impulsionar a pesquisa científica e sustentável no país

Revelar talentos, impulsionar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico e assim promover a inovação na temática de biodiversidade de modo a apoiar seu uso sustentável. Esses são os principais objetivos do Prêmio MCTI/FINEP de Biodiversidade lançado, de forma virtual, nesta terça-feira (21). O projeto coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) tem a parceria da Unesco, e de três vinculadas do MCTI, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Rede de Ensino e Pesquisa (RNP).

O prêmio terá duas categorias. A primeira de produção acadêmica, destinada a graduados, estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores que apresentem produção acadêmica com potencial de gerar exploração econômica sustentável da biodiversidade e manutenção e ampliação dos serviços ecossistêmicos. A segunda categoria, desenvolvimento tecnológico e inovação direcionado a qualquer cidadão que apresente uma ação com foco no desenvolvimento tecnológico e inovação que permita a exploração econômica sustentável da biodiversidade e manutenção e ampliação dos serviços ecossistêmicos. Nas duas categorias os valores da premiação é o mesmo. Primeiro lugar R$ 15 mil, segundo lugar R$ 7 mil e terceiro lugar R$ 3 mil.

O Brasil está entre os países classificados como “mega-diversos” e hospeda o maior número de espécies do mundo, com cerca de 46 mil plantas, mais de 1 mil anfíbios e 720 mamíferos. Estimativas apontam para o número de aproximadamente 1,8 milhão de espécies das quais a ciência catalogou cerca de 200 mil, apenas 11% dessa diversidade. O Brasil abriga entre 10% e 20% da biodiversidade mundial. O Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBR), apresenta atualmente informações de mais de 160 mil espécies com o número total de registros de ocorrência de mais de 17 milhões com o envolvimento de 150 instituições e 373 coleções biológicas.

“Ao disponibilizar de forma aberta um amplo conjunto de dados das espécies brasileiras e possibilitar o cruzamento de diversos estudos especializados, o SiBBR torna-se uma ferramenta essencial nas pesquisas acadêmicas e na gestão ambiental. Isso demonstra a importância da FINEP, do CNPq, da RNP e da UNESCO nessa parceria com o MCTI para que possa ser feito o levantamento apropriado e a preservação da biodiversidade brasileira”, avaliou o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales.

Presente na cerimônia, o coordenador de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura Unesco, Fábio Leon destacou a importância do prêmio. “Para nós é uma grande satisfação participar desta premiação. A Unesco tem tradicionalmente apoiado diversas iniciativas que reconheçam boas práticas ligadas à ciência, tecnologia, biodiversidade no país. Reconhecemos a robustez do SiBBR esse importante repositório de dados que é referência para acadêmicos tanto do Brasil quanto de outros países”, declarou.

O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI) general Waldemar Barroso, destacou a atuação da instituição que coordena neste prêmio. “Como nosso ministro costuma dizer, o MCTI é uma caixa de ferramentas. A FINEP é uma dessas ferramentas. Atuamos no fomento de pesquisas em diversas áreas dentre elas a biodiversidade. Nosso país tem uma dimensão continental com diferentes biomas uma flora e fauna muito ricas. Iniciativas como essa são um importante estimulo para jovens cientistas e pesquisadores colaborando desta forma para impulsionar a ciência brasileira”, analisou.

Para o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Evaldo Vilela o prêmio será importante para reconhecer a pesquisa científica realizada no país. “O CNPq tem um conjunto de prêmios e é muito gratificante quando oferecemos uma premiação a um pesquisador que teve méritos. O Brasil tem excelentes pesquisadores, muitos talentos e muitas entregas importantes que podem contribuir para o desenvolvimento econômico e sustentável do nosso país”.

A partir desta quarta-feira (22) começa o período de inscrições para o prêmio, que seguem até o dia 4 de março de 2022. O resultado final será divulgado no dia 19 de abril de 2022. Para se inscrever basta acessar o link.

Sobre o SiBBR

Desenvolvido sob coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com suporte técnico da ONU Meio Ambiente (UNEP) e apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) é uma infraestrutura nacional de dados e informações em biodiversidade. A plataforma é responsável pela organização, indexação, armazenamento e disponibilização de dados e informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros, fornecendo subsídios para a gestão governamental relacionada à conservação e uso sustentável. O MCTI é responsável pela implementação, desenvolvimento e sustentação do SiBBR e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCTI) é responsável pela operacionalização.

Fonte: ASCOM/MCTI


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