A necessidade de auxiliar, principalmente, as alunas bolsistas foi apontada em uma pesquisa realizada pelo Escritório USP Mulheres

Fotomontagem de Beatriz Abdalla/Jornal da USP sobre fotos de Aditya Romansa/Unsplash e Kelli McClintock/Unsplash
Bolsistas dos programas de Pós-Graduação da USP que tirarem licença-maternidade, paternidade ou adoção, podem solicitar a suplementação das bolsas que recebem no mestrado ou doutorado. No caso das mulheres, que recebem quatro meses de licença-maternidade das agências de fomento, a USP complementará o auxílio por mais dois meses. Já os homens em licença-paternidade podem solicitar um mês de auxílio.
Na USP, o Regimento de Pós-Graduação prevê a possibilidade de alunos usufruírem de licença-maternidade de seis meses e licença-paternidade de 20 dias, ambos por nascimento ou adoção. Porém, nas principais agências de fomento à pesquisa – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) –, as bolsas de estudo podem ser prorrogadas por até quatro meses, no caso de licença-maternidade.

Maria Arminda do Nascimento Arruda – Foto Marcos Santos/USP Imagens
“As maiores usuárias de licença-maternidade na Universidade são as estudantes da pós-graduação e há um descompasso de até dois meses entre o período da licença concedido pela USP e o período remunerado pelas agências de fomento. A suplementação tem o objetivo de cobrir esses meses em que a aluna ficaria desassistida, especialmente nesse período de pandemia”, explica a coordenadora do Escritório USP Mulheres, Maria Arminda do Nascimento Arruda.
No caso de licença-paternidade, os alunos poderão solicitar uma suplementação emergencial de um mês. Esta modalidade de apoio é inédita no Brasil, já que as agências de fomento não oferecem nenhum auxílio para esses estudantes. De acordo com Maria Arminda, “esse benefício reconhece a importância dos pais no cuidado dos filhos e estimula os alunos a tirarem a licença, retirando-os da invisibilidade em que se encontram hoje”.
Por Erika Yamamoto – Jornal da USP
Arte: Beatriz Abdalla/Jornal da USP