Evento aborda a relevância arquitetônica e estrutural do Edifício E-1

Edifício E-1. Foto: SVCOM/EESC.

O edifício E-1 da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP é um marco da arquitetura moderna paulista e brasileira e um ícone do Campus da USP São Carlos.

No dia 12 de novembro, quarta-feira, a partir das 9 horas, no Anfiteatro Jorge Caron, a EESC recebe os professores Francisco Antônio Rocco Lahr, ex-diretor EESC-USP, Miguel Antonio Buzzar, ex-diretor IAU-USP, e os arquitetos Alexandre Emílio Lipai, docente da FAU-USP entre 1973 e 1976, e Sônia Lúcia Medeiros da Silva Costardi, da Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP-SC), para discutir a relevância do projeto arquitetônico e estrutural do edifício.

O evento, que será transmitido pelo canal da EESC no YouTube,  contará também com a apresentação pública da obra em técnica mista “E-1 | EESC-USP” da artista Maria da Paz Nascimento.

Confira a programação completa:

 

Mostra e Exposição integram a programação

Também no dia 12 de novembro, a partir das 9 horas, acontecerá a mostra MEMÓRIA EESC E-1 – Seus Projetistas – relevância arquitetônica e estrutural, homenageando seus projetistas: Hélio de Queiróz Duarte e Ernest Robert de Carvalho Mange.

Já a exposição Moderno, Peregrino, Educador, com curadoria do arquiteto Alexandre E. Lipai, será inaugurada no dia 10 de novembro, no Salão Primavera, homenageando a trajetória de vida e produção de um humanista, que além de arquiteto modernista, contemporâneo de Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, Vilanova Artigas, foi educador na FAUUSP (de 1949 a 1976), dedicado tanto à formação de novos profissionais como a  de professores de arquitetura.

Hélio Duarte

Multifacetado, arquiteto, urbanista, educador, pensador da educação, poeta e pintor,  nascido e formado no Rio de Janeiro, peregrinou pelo país deixando sinais de sua passagem por Salvador, Fortaleza, Brasília, Florianópolis, São Paulo. Sempre em equipe, seus projetos destacaram-se pelas influências de Le Corbusier e Richard Neutra, predominantemente na arquitetura de edifícios educacionais, desde as escolas do Convênio Escolar da PMSP, as escolas profissionalizantes do SENAI, em São Paulo, aos Campus da USP em São Paulo e São Carlos.

Amigo do educador Anísio Teixeira, projeta em equipe com Anísio e Diógenes Rebouças a utopia na educação brasileira: a Escola Parque em Salvador, considerada “uma pequena-quase universidade infantil”, conceito que gerou sementes disseminadas por Hélio Duarte no Convênio Escolar, em São Paulo (1950), retomadas pelos novos Centros Educacionais Unificados (CEU) da PMSP, levadas ao  Rio de Janeiro por Niemeyer e  João Filgueiras Lima (Lelé) nos projetos do Centro de Atendimento Integral à Criança (CIAC) e Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), como também em Brasília.

 

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