USP 90 anos: Nossa história em uma linha do tempo

Contar a história de uma universidade em ordem cronológica é um desafio. A linha do tempo abaixo está em construção. Nessa primeira etapa, foram inseridas as informações sobre a criação das 42 unidades de ensino que fazem parte da USP. O próximo passo será incluir unidades mais ligadas a pesquisas e a atividades voltadas para a sociedade

1827

Faculdade de Direito (FD) de São Paulo é criada em 11 de agosto por lei do imperador Dom Pedro I, data em que consta a criação dos cursos jurídicos no Brasil, em São Paulo e Olinda. A primeira turma a se formar são seis estudantes brasileiros que pediram transferência de Coimbra (Portugal) e concluíram seus estudos em 1831.

O Convento de São Francisco, um edifício do século XVI, no centro da cidade de São Paulo, abrigou a faculdade até os anos 1930. A construção foi demolida para dar lugar ao prédio atual.

 

1893

São Paulo é o primeiro Estado republicano a criar uma instituição de ensino superior: a Escola Politécnica (Poli).

A terceira escola de Engenharia do País oferece cursos de Engenharia Industrial, Engenharia Agrícola e Engenharia Civil e o curso anexo de Artes Mecânicas.

Francisco de Paula Souza é o fundador e primeiro diretor da Poli. As primeiras instalações da escola hoje abrigam o Arquivo Histórico Municipal e o Centro Paula Souza, em frente à Praça Coronel Fernando Prestes, no bairro Bom Retiro, na cidade de São Paulo.

1898

Fundação da Escola Livre de Farmácia de São Paulo cria o primeiro curso do Estado paulista. Em 1900, inicia a cátedra de Prótese Dentária; já em 1902, o nome muda para Escola de Farmácia, Artes Dentárias e Partos.

Em 1905, torna-se Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia de São Paulo. Em 1912, mais uma mudança: Escola de Farmácia e Odontologia de São Paulo. Em 1924, a designação de escola é substituída por faculdade.

Em 1934, é integrada à USP e, em 1969, passa a se chamar Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF).

1901

A Escola Agrícola Prática de Piracicaba nasce do sonho do agrônomo e proprietário de terras Luiz Vicente de Souza Queiroz. Em 1892, ele doa a fazenda São João da Montanha ao governo do Estado de São Paulo para criação de uma escola agrícola, em Piracicaba.

Mas Queiroz não vê a concretização da escola, morre em 1898. Em 1931, a escola agrícola passa a se chamar pelo nome atual: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Os restos mortais de Luiz de Queiroz e da esposa Ermelinda Ottoni de Souza Queiroz estão em um mausoléu em frente ao edifício central da Esalq.

1912

O primeiro projeto de criação de uma Faculdade de Medicina em São Paulo é assinado em 1891, mas só 21 anos depois é publicada a lei estadual nº 1.357 que cria a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. A direção da faculdade fica com o médico Arnaldo Vieira de Carvalho.

A estrutura do curso propõe aulas teóricas com práticas de laboratório e conta com o apoio da Fundação Rockefeller (instituição filantrópica dos Estados Unidos) para a construção de suas instalações físicas, como o prédio que atualmente abriga a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A mudança de nome ocorreu em 1934, quando a faculdade foi integrada à USP.

1918

Fundação do Laboratório de Higiene e Saúde Preventiva. Desde 1916, a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo busca apoio da Fundação Rockefeller para estabelecer duas cátedras: Higiene e Patologia.

Desse acordo resulta a criação do laboratório que, em 1930,  é transformado no Instituto de Higiene e ganha um edifício próprio.

Quando a USP é criada, em 1934, o Instituto de Higiene foi transformado na Escola de Higiene e Saúde Pública. Em 1938, a escola começa a oferecer cursos para médicos sanitaristas. A partir de 1969, passa a se chamar Faculdade de Saúde Pública (FSP).

1919

Criação do Instituto de Veterinária subordinado à Secretaria de Agricultura do Estado. Sua função é desenvolver pesquisas para a prevenção de zoonoses e dar apoio ao agronegócio.

Em 1928, recebe o nome de Escola de Medicina Veterinária de São Paulo. Em 1934 é integrada à USP e passa a ser denominada como Faculdade de Medicina Veterinária.

Em 1957, a fazenda da antiga Escola Prática de Agricultura de Pirassununga – atual campus da USP – é incorporada à faculdade. Em 1969, passa a ser denominada Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ).

1924

Um grupo de profissionais de saúde, intelectuais e educadores funda a Faculdade de Farmácia e Odontologia de Ribeirão Preto.

Quatro anos depois, em 1928, forma-se a primeira turma de farmacêuticos e cirurgiões-dentistas. Até 1958, a faculdade é administrada pela Associação de Ensino de Ribeirão Preto.

Em 1975, a faculdade é incorporada à USP e, em 1983, é desmembrada em duas: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP).

1931

Em 11 de abril, o decreto nº 19.851, conhecido como Estatuto das Universidades Brasileiras, estabelece os requisitos para se criarem universidades no País e as normas para seu funcionamento.

1934

No dia 25 de janeiro, o interventor federal do Estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, assina o decreto nº 6.283 que cria a Universidade de São Paulo (USP)  com os seguintes fins:

a) promover, pela pesquisa, o progresso da ciência;
b) transmitir, pelo ensino, conhecimentos que enriqueçam ou desenvolvam o espírito, ou sejam úteis à vida;
c) formar especialistas em todos os ramos de cultura, e técnicos e profissionais em todas as profissões de base científica ou artística;
d) realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, difusão pelo rádio, filmes científicos e congêneres.

A USP se constitui dos seguintes institutos:

a) Faculdade de Direito;
b) Faculdade de Medicina;
c) Faculdade de Farmácia e Odontologia;
d) Escola Politécnica;
e) Instituto de Educação;
f) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras;
g) Instituto de Ciências Econômicas e Comerciais*;
h) Escola de Medicina Veterinária;
i) Escola Superior de Agricultura;
j) Escola de Belas Artes*.

*A criação do instituto só se concretiza com a instalação da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, em 1946. A Escola de Belas Artes é substituída pela Escola de Comunicações Culturais, criada em 1966 e que, em 1969, passa a se chamar Escola de Comunicação e Artes.

USP é fundada a partir da reunião de instituições existentes mais a criação de uma nova: a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL). A formação do corpo docente da FFCL é de europeus, principalmente da França, Itália e Alemanha.

A faculdade divide-se em três seções: Filosofia (Filosofia, Filosofia da Ciência, Psicologia), Ciências (Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas e Naturais; História e Geografia; Ciências Sociais e Políticas) e Letras (Linguística, Filologia Comparada e Portuguesa, Literatura Luso-brasileira, Língua e Literatura Grega, Latina, Francesa,  Inglesa, e Alemã, Técnica e Crítica Literária).

Com a Reforma Universitária de 1969/1970, cursos saem da FFCL e constituem-se novos institutos/faculdades/escolas. Em 1969, a FFCL passa a ser Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

1942

escola-enfermagem

A Escola de Enfermagem (EE) é criada pelo decreto estadual nº 13.040, de 31 de outubro, anexa à Faculdade de Medicina da USP.

A aula inaugural em 1943 ocorre em uma das salas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, ainda não inaugurado.

Somente em 1947 ocorre a inauguração do prédio da EE. A primeira turma se forma em 1946, com 38 alunas que viviam em regime de internato, extinto em 1973.

A Escola de Enfermagem foi desanexada da Faculdade de Medicina em 1962.

 

1946

A USP cria a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FCEA) com dois cursos iniciais: Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e Atuariais.

Uma reforma estrutural interna, em 1964, reorganiza a faculdade em Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Ciências Atuariais, Administração de Empresas e Administração Pública.

Em 1969, o nome muda de FCEA para Faculdade de Economia e Administração (FEA) e surge a divisão dos departamentos em Economia, Administração e Contabilidade.

 

O Instituto Astronômico e Geofísico do Estado de São Paulo é incorporado à USP.

As observações meteorológicas regulares na capital começam em 1886 com a criação da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. Ao longo dos anos, foram várias reorganizações administrativas.

Em 1931, é criado o Instituto Astronômico e Geográfico, que se torna um instituto complementar da USP em 1934. No ano seguinte, ele é extinto e suas atividades passam para o governo do Estado, com o restabelecimento do Instituto Astronômico e Geofísico, criado em 1930.

Em 1932, o Parque do Estado, na capital paulista, recebe uma estação meteorológica e um observatório astronômico, em 1941. Um novo observatório é inaugurado, em 1972, na cidade de Valinhos. Em 2001, o instituto passa a se chamar Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).

Em 31 dezembro, é publicado o decreto estadual nº 16.685 que cria o Instituto Paulista de Oceanografia (IPO).

A sede é no Parque Água Branca, na cidade de São Paulo, e seus idealizadores apontam para a necessidade de uma instituição que forneça bases científicas à pesca e à exploração de recursos disponíveis ao longo do litoral paulista.

Em 1951, o instituto é incorporado à USP como unidade de pesquisa, assumindo o nome de Instituto Oceanográfico (IO).

Em 1972, é transformado em unidade universitária, passando a oferecer cursos de pós-graduação em nível de mestrado nas áreas de Oceanografia Biológica e Oceanografia Física.

O bacharelado em Oceanografia foi aprovado pelo Conselho Universitário da USP em 2001, com a primeira turma de alunos ingressando em 2002.

1948

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprova a Lei n° 161 que cria estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior paulista subordinados à USP.

Estavam previstas: Escola de Engenharia, em São Carlos; Faculdades de Farmácia e Odontologia, em Bauru e Taubaté; Faculdade de Medicina, em Ribeirão Preto; Faculdade de Direito, em Campinas; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Limeira.

Mas, efetivamente, ficam  ligadas à USP a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) é criada pela USP a partir do antigo curso de Engenheiro-Arquiteto da Escola Politécnica. Luiz Ignácio de Anhaia Mello é seu fundador e primeiro diretor.

As reformas curriculares de 1962 e 1968 consolidam a formação única do arquiteto e urbanista e introduzem disciplinas de Comunicação visual, de Desenho industrial e de Paisagismo.

Em 1969, a FAU se instala no atual prédio projetado pelo professor João Batista Vilanova Artigas e o arquiteto Carlos Cascaldi. Em 1982, o edifício é tombado pelo  Condephaat.

1953

Primeira aula da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) ocorre no prédio que hoje abriga o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), no centro da cidade.

Em 1952, a prefeitura cede à USP o local ocupado pelo Posto Zootécnico, fundado em 1905. Em 1954, começa a ser construído o edifício E1, do atual campus 1 da USP em São Carlos.

Em 1956, mesmo sem estar pronto, o prédio passa a ser utilizado por alunos e professores da EESC.

 

As primeiras aulas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) começam  em uma sede provisória no centro de Ribeirão Preto. Logo em seguida, são transferidas para a fazenda Monte Alegre, estrutura da antiga Escola de Agricultura, que hoje abriga o campus da USP em Ribeirão Preto.

A FMRP é criada a partir da Lei nº 1.467, de 26 de dezembro de 1951, que indica a responsabilidade da USP em construir um edifício para o ensino médico.

Em 1956, é inaugurado o Hospital das Clínicas da FMRP.

Início das atividades da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP).  Quando o governo de São Paulo criou a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, já estava estabelecido no decreto a fundação de uma escola de enfermagem anexa.

A escola seria indispensável para o funcionamento do futuro Hospital das Clínicas. Em 1964, a EERP foi desanexada da Faculdade de Medicina, adquirindo sua autonomia didático-administrativa.

1959

O Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo Professor Queiroz Filho (CRPE-SP) cria uma classe experimental de 1º ano primário, e a partir dessa classe surge a Escola Experimental para oferecer cursos de aperfeiçoamento para professores.

Em 1962, a Escola Experimental é denominada Escola de Demonstração. Em 1973, o CRPE é incorporado à Faculdade de Educação (FE) da USP e a Escola de Demonstração se torna Escola de Aplicação.

Em 1985, a escola implanta o curso de 2° grau – atual ensino médio. Em 2006, implementa a primeira turma de alunos do ensino fundamental de 9 anos.

1962

Separação dos cursos farmacêutico e odontológico na USP e a instalação de duas faculdades independentes: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e Faculdade de Odontologia (FO).

A FO considera sua data de criação o ano de 1900, quando é criada a cátedra de Prótese Dentária, na antiga Escola Livre de Farmácia de São Paulo.

 

Aula inaugural da primeira turma da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), composta de 10 alunos.

campus da USP em Bauru é criado no mesmo ano para abrigar a FO, que tinha sua criação prevista em lei estadual desde 1948.

Em 1983, o ensino da graduação é ampliado, com a criação do curso de Fonoaudiologia, mas a aula inaugural ocorre só em 1990.

Em 2017, é aprovada a criação do curso de Medicina, na FOB, que recebe a primeira turma em 2018.

 

1964

Início das aulas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), criada pelo governo estadual a partir de uma lei de 1959.

Em 1963, é autorizado o funcionamento dos cursos de Biologia, Física, Psicologia e Química. Mas o de Física não é instalado, no seu lugar entra Licenciatura em Ciências, que funciona entre 1966 e 1976.

Em 1974, a FFCLRP é incorporada à USP. Em 2010, é aprovada a incorporação à FFCLRP do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA).

1966

Publicado o decreto estadual n° 46.419, que cria a Escola de Comunicações Culturais e autoriza a incorporação da Escola de Arte Dramática de São Paulo à USP.

Inicialmente, os cursos são de Jornalismo, Rádio e Televisão, Arte Dramática, Cinema, Biblioteconomia, Documentação e Relações Públicas.

Em 1969, passa a oferecer formação em Artes e muda o seu nome para Escola de Comunicações e Artes (ECA).

1968

Aprovada a lei federal nº 5.540, de 28 de novembro, que fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, conhecida como Reforma Universitária.

Entre as medidas está o fim das cátedras no ensino superior. No antigo sistema, o titular da cátedra é a autoridade suprema e vitalícia de uma disciplina na universidade. Em seu lugar surge a organização dos docentes em departamentos, nos quais vários professores podem estar no mesmo patamar da carreira simultaneamente.

Na USP, a reforma significa, sobretudo, a reestruturação de faculdades, departamentos e cursos, surgindo novas unidades de ensino e pesquisa.

1969

A Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo é incorporada à USP e passa a se chamar Escola de Educação Física e Esporte (EEFE).

A escola superior foi criada pelo Estado de São Paulo em 1931 para a formação de professores de educação física e a especialização de médicos, mas só começa a funcionar em 1934. Ela é considerada a primeira instituição civil do País nesta área, já que as outras eram ligadas a atividades militares.

As aulas práticas ocorriam na Escola de Educação Física da Polícia Militar, Associação Atlética São Paulo, Parque da Água Branca, Clube de Regatas Tietê e Esporte Clube Pinheiros.

A partir da Reforma Universitária, é criado o Instituto de Biociências (IB).

Sua formação decorre da reunião de quatro departamentos estabelecidos durante a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1934.

Os departamentos eram Biologia, Botânica, Fisiologia e Zoologia. Além dos professores, alunos e funcionários desses departamentos, o IB recebeu docentes de disciplinas afins de outras faculdades, especialmente os botânicos da antiga Faculdade de Farmácia e Odontologia.

Em 1976, foi criado o Departamento de Ecologia Geral.

Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) também é criado a partir da Reforma Universitária, unificando a maioria dos departamentos básicos das unidades da USP na área de saúde.

O instituto se dedica ao ensino e pesquisa em áreas fundamentais da saúde, como Anatomia, Farmacologia, Fisiologia e Biofísica, Histologia e Embriologia, Imunologia, Microbiologia e Parasitologia.

 

Com a Reforma Administrativa, a USP cria o Instituto de Geociências e Astronomia, mas o ensino das Geociências se inicia com o curso de Ciências Naturais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, em 1934. Três anos depois, são criados os Departamentos de Geologia e Paleontologia e de Mineralogia e Petrologia.

Em 1957, o curso de Geologia é instituído. Em 1972, o Instituto de Geociências e Astronomia passa a ser denominado Instituto de Geociências (IGc), com a transferência das áreas de Astronomia e Geofísica para o Instituto Astronômico e Geofísico, atual Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).

Fundada com a Reforma Universitária, a Faculdade de Educação (FE) tem sua origem ligada ao Instituto de Educação, criado pelo governo de São Paulo, em 1933, para a formação em nível universitário de professores primários e secundários, além de pesquisas na área.

No ano seguinte, com o início das atividades da USP, o instituto é incorporado à Universidade. Mas, em 1938, é extinto e transformado na Seção de Pedagogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) e, posteriormente, no Departamento de Educação.

É a partir desse departamento que surgirá a Faculdade de Educação.

1970

Início das atividades do Instituto de Psicologia (IP) criado pelo decreto estadual 52.326, de 16 de dezembro de 1969, que aprova a reestruturação da USP, instituindo novas unidades universitárias, a partir do desdobramento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL).

A história da Psicologia começa com a fundação da USP, em 1934, e a fundação da FFCL, na qual é incluída a cátedra de Psicologia, que se encarrega das disciplinas complementares dos cursos de Filosofia e Ciências Sociais. Em 1957, é criado um curso de graduação em Psicologia, que teve suas primeiras aulas no ano seguinte.

Em 1968, a cátedra de Psicologia passa a se chamar Departamento de Psicologia Social e Experimental.

O Instituto de Matemática e Estatística (IME) também é resultado da Reforma Universitária e se forma com a reunião de docentes de Matemática, Estatística e Ciência da Computação de várias unidades da USP.

Esses docentes, até então, lecionavam na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), na Escola Politécnica, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na antiga Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, na Faculdade de Higiene e Saúde Pública e no antigo Instituto de Pesquisas Matemáticas.

No início, o IME oferece os cursos de Matemática, Licenciatura em Matemática (para formar professores de 1º e 2º graus – atual ensino fundamental e médio),  Matemática Aplicada,  Estatística e Ciência da Computação. Hoje, há também Matemática Aplicada e Computacional.

O Instituto de Física (IF) é criado a partir da Reforma Universitária com a missão de ministrar o ensino a todos os alunos das demais faculdades da Universidade que têm Física no currículo, além de realizar pesquisas e extensão.

Mas sua origem remonta à criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), fundada junto com a USP em 1934. A faculdade possuía três seções: Filosofia; Ciências (com as subseções de ciências matemáticas, físicas, químicas, naturais, geografia e história, ciências sociais e políticas) e Letras.

Para comandar a cátedra de Física Geral e Experimental da FFCL, foi convidado o físico russo-italiano Gleb Wataghin, da Universidade de Turim. A primeira turma se formou em 1936, com alunos como Marcello Damy de Souza Santos e Mario Schenberg.

Instituto de Química se constitui formalmente a partir da Reforma Universitária com dois departamentos: o de Química Fundamental e o de Bioquímica. Antes de 1970, Química e Bioquímica eram disciplinas dispersas em várias faculdades e escolas da USP.

Na época, a associação de químicos e bioquímicos no IQ contrariou a tendência brasileira e mesmo internacional de alocar departamentos de Bioquímica em institutos de vocação biológica.

A história da Química na USP, assim como de outras áreas, começa com a criação da Universidade e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), em 1934. O alemão Heinrich Rheinboldt, da Universidade de Bonn, comandou a cátedra de Química nos anos iniciais da FFCL.

 

1971

O Instituto do Química de São Carlos (IQSC) inicia suas atividades após a Reforma Universitária. Sua origem, porém, remonta ao início da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

A escola mantinha um núcleo fundamental com disciplinas de química, matemática, física e mecânica geral. A partir do Departamento de Física e Ciência dos Materiais e o Departamento de Física e Química Molecular, se forma o Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC).

Em 1994, o IFQSC se divide, resultando na criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e do IQSC.

A Reforma Universitária permite a criação do Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos (ICMSC).

Ele é formado a partir da junção dos Departamentos de Ciências de Computação e Estatística da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Em 1996, foi iniciado o processo de solicitação de inclusão do termo “Computação” no nome do instituto.

A partir de 1998, o nome ficou Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

1972

Criação do campus da USP em Ribeirão Preto.

1975

A Faculdade de Odontologia e Farmácia de Ribeirão Preto, criada em 1924, é incorporada à USP.

1986

Os campi da USP passam a ser administrados por prefeitos a partir da criação de prefeituras administrativas.

1989

Criação oficial do campus da USP em Pirassununga para abrigar a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), que seria fundada em 1992.

O local é o mesmo onde funcionava a Escola Prática de Agricultura de Pirassununga, fundada em 1942.

1992

Criada a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP em Pirassununga. Mas sua história começa em 1942, quando o Estado de São Paulo funda dez Escolas Práticas de Agricultura para aperfeiçoamento dos processos da industrialização agrícola.

A escola de Pirassununga começa a funcionar em 1945 e é fechada em 1956. No ano seguinte, o governador Jânio Quadros entrega o espaço para a Faculdade de Medicina Veterinária da USP – atual FMVZ, que cria o Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias (Izip), como um anexo da instituição.

Em 1978, começa o curso de Zootecnia com parte das aulas na capital e parte em Pirassununga; o novo curso se instala completamente no interior em 1982.

Com a criação da FZEA, ela assume o curso de Zootecnia em 1993 e, em 2000, oferece também Engenharia de Alimentos. Medicina Veterinária e Engenharia de Biossistemas viriam em 2009.

É fundada a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), como uma extensão da FEA em São Paulo. A FEA-RP conquista sua autonomia em 2002.

Com a desvinculação, a FEA-RP cria os cursos diurnos de Administração e Economia Empresarial e Controladoria, antes oferecidos apenas no período noturno.

A autonomia permite à FEA-RP participar de cursos de outras unidades da USP em Ribeirão Preto, como o de Ciências da Informação e da Documentação (CID) e o de Matemática Aplicada a Negócios (MAN), ambos de responsabilidade da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP).

1994

Criação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) a partir do desmembramento do Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC).

O IFQSC inicia suas atividades após a Reforma Universitária, em 1971, mas antes configurava como um dos departamentos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), fundada em 1953.

2004

É fundado o Instituto de Relações Internacionais (IRI), em São Paulo, para abrigar o bacharelado em Relações Internacionais.

O curso existia desde 2002 com a participação da Faculdade de Direito (FD), da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA).

Ele era vinculado à Pró-Reitoria de Graduação e sediado na FEA. Em 2012, parte do IRI é instalada em sede própria.

2005

USP inaugura mais um campus na cidade de São Paulo para abrigar a recém-criada Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que passa a oferecer 11 cursos diferentes daqueles já existentes na Universidade.

São eles: Biotecnologia, Ciências da Natureza, Educação Física e Saúde, Gerontologia, Gestão Ambiental, Gestão de Políticas Públicas, Lazer e Turismo, Marketing, Obstetrícia, Sistemas de Informação e Têxtil e Moda.

Com unidades na zona oeste e centro de São Paulo, a USP escolhe a zona leste, uma região com 4 milhões de habitantes, para ampliar o acesso da população à Universidade.

 

2006

Criação da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) com a incorporação à USP da Faculdade de Engenharia Química de Lorena (Faenquil). Suas instalações passaram a abrigar o campus da USP em Lorena.

A faculdade, com 37 anos de atuação, era uma autarquia  vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Estado de São Paulo.

Ela oferecia cursos de Engenharia em Bioquímica, Materiais, Química e Industrial Química. Incorporados à EEL, em 2012, mais opções passam a ser oferecidas em Engenharia: Ambiental, Física e de Produção.

2007

O Conselho Universitário da USP aprova a criação da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), que recebe sua primeira turma no ano seguinte.

2009

Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) inicia suas atividades com a primeira turma de estudantes. Sua criação é aprovada pelo Conselho Universitário da USP em 2007.

2010

O Conselho Universitário da USP aprova a criação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) em São Carlos. Sua fundação ocorre a partir do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Organização e produção: Hérika Dias
Imagens e arte: Moisés Dorado 
Por Jornal da USP

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