Método, que trabalha com algoritmos baseados em aprendizado de máquina, registrou uma redução de 99% dos diagnósticos falsos negativos

A detecção e o tratamento precoce são etapas importantes para a prevenção do câncer de mama – Fotomontagem Jornal da USP feita com imagens de Wikimedia Commons/Domínio público – National Institute of Health e rawpixel.com/Freepik
Métricas para falsos negativos

Marcelo Becker – Foto: Arquivo pessoal
João Pinheiro e Marcelo Becker optaram por lidar com algoritmos baseados em árvores de decisão, modelos simples e fáceis de serem interpretados, pois são estruturados em sequências de perguntas com respostas de sim ou não. A depender das respostas obtidas, o programa percorre diferentes ramos até chegar em um veredito. O diferencial do estudo foi a utilização da técnica de boosting, que vem da ideia de combinar um modelo básico com outros mais complexos e eficientes, gerando uma otimização do processo. “É como se a gente fosse treinar um monte de árvores sequencialmente”, afirma Pinheiro.
Os dados de alimentação para esses modelos de boosting são puramente numéricos. “Alguém realizou uma tomografia, e a partir dela você obtém algumas métricas numéricas”, continua o pesquisador. Marcelo destaca que os dados são disponibilizados para todos, de forma que diferentes pessoas podem testar programas e realizar melhorias em processos de diagnósticos.
Texto: Fernanda Zibordi – Estagiária sob orientação de Fabiana Mariz
Arte: Beatriz Haddad – Estagiária sob orientação de Moisés Dorado
Por Jornal da USP