Serão discutidos problemas de oito empresas durante a semana de trabalho no ICMC
Um dos mais importantes eventos do calendário anual de ciências matemáticas no Brasil teve início nesta segunda-feira (19) em São Carlos/SP. O 10ª Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais e 1º Workshop Innovation Week, organizado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e pelo SENAI-SP, reúne cerca de 130 participantes entre pesquisadores, alunos e representantes de empresas, que estarão juntos durante toda a semana para buscar soluções para desafios reais do setor produtivo.
No primeiro dia do evento, representantes de Metalsa, Bayer, Sabó, Capricórnio, CSD BR, Datawake, Seg e Comgás apresentaram os desafios da cada empresa e participaram da divisão dos grupos, que começaram o estudo mais aprofundado das questões. “Temos aqui um grupo grande de estudantes de doutorado, de mestrado, todos com formação na área de Ciências Matemáticas. Agora, os participantes discutirão esses problemas para tentar dar uma solução que será apresentada na sexta-feira, no último dia do evento”, explica José Alberto Cuminato, Diretor do CeMEAI.
José Alberto Cuminato, Diretor do CeMEAI
Realizado desde 2015, o Workshop já teve mais de 50 empresas participantes. Dentre elas, estão outras instituições de renome como Petrobras, Caixa Econômica Federal, Americanas, Porto Seguro, John Deere, Eletrobras e Embraer. “Esta é uma enorme oportunidade para conseguir colocar a academia com um monte de gente, cérebros pensantes nos ajudando na solução da nossa alternativa. Realmente, estou com uma expectativa muito grande de chegar ao final da semana e receber algumas notícias boas com relação ao nosso desafio”, confia Luciano Rodrigo Pinto, Gerente de Processos, Projetos e Serviços da Sabó.
Luciano Rodrigo Pinto, Gerente de Processos, Projetos e Serviços da Sabó
Quem também se mostrou entusiasmado para a semana de trabalhos foi o Fundador da Datawake, Luiz Gustavo Kass Mwosa. “Nós temos um sonho de criar um robô blackbelt para fazer parte de um time six sigma, por exemplo, de engenheiros de processo. Já temos os dados estruturados e agora queremos uma inteligência para que esse robô consiga identificar a causa de problemas de produção. A expectativa é fazer o melhor trabalho possível porque nesse mundo, desbravando, nem sempre você consegue, você atira em uma coisa e acerta em outra. Então, diante de uma semana dessa, às vezes você ataca uma coisa e caminha para uma outra coisa, e tudo isso é experimento, é agilidade”, detalha.
Luiz Gustavo Kass Mwosa, Fundador da Datawake
O Coordenador de Tecnologia do SENAI-SP, Alexandre Saito, celebrou a união entre academia e indústria. “Ter essa junção aqui, acadêmica e prática, como a gente brinca, chão de fábrica, é algo muito bem-vindo e que certamente trará frutos. Nossa visão é de agregar e ajudar a indústria, que é o berço, é o motor da nossa economia, unindo isso com o conhecimento acadêmico que aqui está muito presente e é muito diferenciado”, comemora.
Alexandre Saito, Coordenador de Tecnologia do SENAI-SP
Os alunos participantes do evento também estão ansiosos pela semana de aprendizado, como comenta a nigeriana Oluwa Funmilayo, estudante de doutorado do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), oferecido em parceria entre a USP e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). “Neste tipo de evento, nós geralmente temos uma experiência diferente, como estou tendo agora. Também temos pessoas diferentes com perspectivas diferentes de como resolver os problemas, além de lidar diretamente com as indústrias, sobretudo em problemas que podem não ser os mais simples para lidarmos”, relata a doutoranda.
Oluwa Funmilayo, doutoranda do PIPGEs UFSCar-USP
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Por Leonardo Zacarin – Comunicação CeMEAI
