“Por Dentro da USP” traz episódio especial sobre o novo programa, explicando seu propósito e como ele funciona
O programa USP Sustentável foi criado para dar visibilidade ao que a Universidade vem realizando nessa área e ampliar a mobilização e a participação de estudantes, professores e funcionários nas ações de desenvolvimento sustentável. Esta edição do boletim Por Dentro da USP traz aos ouvintes uma conversa com o professor Fábio Frezatti, facilitador dos Grupos de Trabalho de Transição Energética da USP, uma das iniciativas que compõem o USP Sustentável.
No bate-papo, ele explica qual é a proposta do USP Sustentável e o que motivou a sua criação. “Trata-se de uma série de ações que vêm sendo desenvolvidas pela Universidade já de longa data, em várias unidades, em várias áreas, em vários níveis, e a ideia é que exista uma integração entre essas várias dimensões, proporcionando ações concretas e, realmente, a sustentabilidade, não só da Universidade, não só do País, mas em uma visão bem mais ampla. Então, nesse momento, a visibilidade desse conjunto de projetos está sendo proporcionada pelo termo USP Sustentável. Nós percebemos que muitas coisas são feitas, mas as pessoas não sabem, não têm conhecimento. Então, criar um logo, toda uma sequência de comunicações e uma estratégia de utilização de várias mídias, envolvendo a Universidade inteira, tem esse objetivo, de proporcionar a comunicação de algo que já tem sido feito e que faz parte de uma série de projetos, alguns já em execução e já com visibilidade e alguns que ocorrerão na sequência do tempo.”

Fábio Frezatti – Foto: arquivo pessoal
Frezatti também ressaltou os números que envolvem o assunto na USP e qual o seu impacto: “A USP tem ações importantes na área de ensino. Só disciplinas, são mais de 50. Também em projetos, temos mais de 170 em andamento. São mais de 2 mil pessoas envolvidas com o tema sustentabilidade. Além disso, tem uma série de iniciativas da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA), lidando com resíduos, água, clima e atendimento a uma série de demandas, inclusive internacionais. Somos hoje o quinto lugar no mundo em sustentabilidade segundo os rankings internacionais, o que é motivo de orgulho para nós. Já no que diz respeito à transição energética, o olhar interno é muito forte. Trata-se da estratégia de fazer internamente aquilo que nós ensinamos. Aquilo que de alguma forma a Universidade se propõe a defender como algo muito importante para ela e para o mundo. Então fazer a lição de casa é importante. A expressão que eu uso é o walk the way you talk, já consagrada na nossa área, que quer dizer ‘olha, já que você fala, faça’. E é isso que a Universidade está fazendo”.
Alguns exemplos de ações já em andamento são a implementação de energia a partir das placas fotovoltaicas em todos os campi, a implementação de um plano de descarbonização, melhoria na eficiência energética, a entrada no mercado de energia limpa e soluções de mobilidade a partir do hidrogênio verde.
Por Michel Sitnik – Jornal da USP