Workshop discute novas diretrizes em métodos de ensino para engenharia

Com a proposta de promover discussões sobre métodos de ensinoe de aprendizagem baseados no uso de novas tecnologias e em abordagens ativas como elementos motivacionais para os alunos de graduação e de pós-graduação, foi realizada a primeira edição do Workshop sobre as Novas Diretrizes para os Cursos de Engenharia, uma ação para expor e implantar novas estruturas curriculares.

O evento aconteceu no último dia 21, no Anfiteatro “Prof. Armando Toshio Natsume” do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. A iniciativa surgiu do próprio Departamento em conjunto com as comissões coordenadoras dos cursos de Engenharia Elétrica e de Computação.

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De acordo com o professor do SEL, José Carlos de Melo Vieira Júnior, a necessidade de mudar ou aprimorar os atuais métodos de ensino se deve ao desenvolvimento ocorrido nas áreas tecnológicas nos últimos anos. O amplo alcance da Internet e a popularização de dispositivos fez com que as pessoas tenham acesso fácil a um grande conjunto de informações, afetando significativamente o ensino de engenharia, pois exige uma atualização frequente em diferentes disciplinas.

“Esses dois aspectos, entre outros, fazem com que o mercado exija profissionais proativos, com perfil para solucionar problemas. Dessa maneira, a formação dos alunos de graduação deve passar por mudanças no sentido de imprimir esse perfil ativo, implicando alterações graduais dos métodos de ensino meramente expositivos que tratam o estudante como figura passiva nesse processo”, afirmou o docente.

Nesse primeiro encontro foi enfatizado o emprego de plataformas digitais de ensino como ferramentas para disponibilizar conteúdo, proporcionar ambientes de discussão por meio de fóruns e promover o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos durante o curso. Além disso, foram discutidas outras formas para estimular a participação ativa dos estudantes nas disciplinas e outros tópicos abordados como a aprendizagem baseada em projetos e em problemas (PBL, do inglês Project-Based Learning ou Problem-Based Learning).

“Foi exposta a ideia de promover a participação de empresas nas disciplinas de graduação e também outras necessidades como: espaços físicos propícios ao trabalho em grupo de alunos, o melhor encadeamento das disciplinas em um mesmo semestre para viabilizar a aplicação de PBL e a realização de treinamento dos docentes com especialistas nesse aprendizado”, relatou o professor.

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Segundo Vieira, o ponto de partida para implantar novos métodos de ensino deve ser a conscientização dos docentes de que essas mudanças são necessárias. A partir daí, os cursos de engenharia devem estabelecer a filosofia que desejam para o perfil esperado do egresso.  Além disso, deve-se ressaltar que esse é um processo lento e que deve ser implantado de maneira gradual, com acompanhamento e avaliação continuada.

“Destaca-se a importância da participação ativa dos professores nas discussões ou na composição de comissões para implantação de medidas”, afirmou Vieira.

A proposta é que ao longo do primeiro semestre de 2016 sejam organizadas outras edições do evento, com uma participação maior e efetiva dos alunos, visando apresentar experiências para fomentar as discussões em torno do tema. Posteriormente, no segundo semestre, serão promovidos trabalhos de elaboração de um plano de ações por parte das CoCs e do Departamento.

Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC
Fotos: Divulgação

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