Biomassa lignocelulósica como fonte de etanol

O petróleo satisfaz a maioria das nossas necessidades energéticas e químicas, no entanto há uma grande preocupação em relação a sua escassez e a grande produção de carbono antropogênico (causado pelo consumo humano) na atmosfera (Hayes, 2013). Uma alternativa para a substituição do petróleo é a utilização de etanol.

O etanol pode ser obtido de cana de açúcar, beterraba ou milho (Sun and Cheng, 2002). Outra forma de obtenção do etanol é o aproveitamento dos resíduos do processo tradicional de obtenção do etanol, como do bagaço de cana de açúcar, ou de outras biomassas lignocelulósicas. O etanol produzido com o uso de biomassa lignocelulósica é conhecido como etanol de segunda geração (Viikari et al., 2012).

veiculo flex

“A biomassa lignocelulósica é constituída principalmente de lignina, hemiceluloses e celulose. Geralmente a maior parte de sua composição refere-se à celulose e a partir desta pode ser obtida glicose, que levada à fermentação, forma o etanol”, explica Joice Jaqueline Kaschuk que desenvolve pesquisa na área.

Joice apresentará seminário no Instituto de Química e São Carlos – USP, no dia 7 de outubro de 2016, onde abordará “em uma perspectiva geral, pré-tratamentos das fibras como trituração física do material lignocelulósico, alcalino, ácido, explosão a vapor e dióxido de carbono supercrítico. Também serão consideradas as principais vantagens e desvantagens referente ao processo de hidrólise enzimática da celulose em biomassa lignocelulósica, comparativamente à hidrólise ácida”, afirma.

O evento, que integra as normas do programa de pós-graduação do IQSC, será às 9 horas, no anfiteatro B e é aberto a todos os interessados.

A palestrante

Joice Jaqueline Kaschuk licenciou-se em Química pela Universidade Estadual do Paraná (2011).  Concluiu o mestrado (2014) no IQSC-USP, onde também desenvolve o doutorado em Físico-Química junto ao Grupo de Materiais Macromoleculares e Fibras Lignocelulósicas, sob orientação da Profa. Dra. Elisabete Frollini, com bolsa cedida pela FAPESP.

Seu trabalho consiste no tratamento de fibras lignocelulósicas de sisal na obtenção de açúcares fermentescíveis através de hidrólise enzimática e na obtenção de filmes e nanofibras a partir das fibras de sisal tratadas.

Seminário

“Biomassa lignocelulósica como fonte de etanol”

MSc. Joice Jaqueline Kaschuk (pós-graduanda junto ao IQSC-USP)

07/10/2016 – sexta-feira, 9 horas, anfiteatro B do IQSC-USP

Av. Trabalhador são-carlense, 400

Inscrições gratuitas aqui.

Informações: (16) 3373-9909 ou 3373-8272

 

Texto: Sandra Zambon e Joice Kaschuk

Imagem: http://www.vwbr.com.br/ImprensaVW/image.axd?picture=images/a60f13e7-7da2-40dc-a74d-23f05ae730bc/imagem610.jpg

Fontes:

Hayes, D.J.M., 2013. Chapter 2 – Biomass Composition and Its Relevance to Biorefining, in: The Role of Catalysis for the Sustainable Production of Bio-Fuels and Bio-Chemicals. pp. 27–65. doi:10.1016/B978-0-444-56330-9.00002-4

Sun, Y., Cheng, J., 2002. Hydrolysis of lignocellulosic materials for ethanol production: a review. Bioresour. Technol. 83, 1–11. doi:http://dx.doi.org/10.1016/S0960-8524(01)00212-7

Viikari, L., Vehmaanperä, J., Koivula, A., 2012. Lignocellulosic ethanol: From science to industry. Biomass and Bioenergy 46, 13–24. doi:10.1016/j.biombioe.2012.05.008

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