Nova gestão da Reitoria dará início à fase de transição em janeiro

Anúncio foi feito pelo novo reitor e pela nova vice-reitora durante a Reunião de Dirigentes, onde também foi apresentado um relato das ações desenvolvidas nos últimos quatro anos

Cerca de 100 dirigentes da Universidade se reuniram no campus da USP em São Carlos – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A nova gestão da Reitoria para o período de 2022 a 2026 dará início à fase de transição a partir da primeira semana do mês de janeiro. O anúncio foi feito pelo novo reitor da Universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, e pela nova vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda durante a Reunião de Dirigentes, realizada nos dias 20 e 21 de dezembro, e que reuniu cerca de 100 diretores e vice-diretores de Unidades de Ensino e Pesquisa, institutos especializados, museus e órgãos da Universidade, no campus da USP em São Carlos. O mandato dos novos dirigentes terá início no dia 25 de janeiro.

“Iniciaremos com reuniões entre as duas equipes para podermos estabelecer, até o dia 25 [de janeiro], uma continuidade de ações e não termos nenhuma interrupção das atividades da Universidade. Esperamos levar para a frente o trabalho que já vinha sendo feito por outros reitores e, principalmente, pelos professores Vahan [Agopyan] e [Antonio Carlos] Hernandes, sem nenhuma ruptura. Estamos encontrando uma Universidade totalmente equilibrada e pacificada, no que diz respeito aos contatos pessoais com professores, alunos e servidores, e isso nos traz uma responsabilidade muito grande, porque vamos sair de um patamar de excelência, que está sendo deixado por aqueles que nos antecederam. Temos ciência do tamanho dessa responsabilidade, mas estamos muito animados em trabalharmos em conjunto e fazer uma gestão digna da Universidade de São Paulo”, afirmou Carlotti.

A nova vice-reitora falou sobre a nova gestão e o papel que a Universidade deverá assumir nos próximos anos. “A gestão da Universidade tem de ser feita de forma compartilhada. É preciso aprofundar o diálogo interno, reforçar a transparência decisória, descentralizar e aprofundar a participação de diversos segmentos da comunidade universitária no âmbito dos assuntos que lhe são pertinentes. O momento é de esforço conjunto. É absolutamente necessário que a comunidade uspiana se engaje na construção de um futuro mais fulgurante não só para a Universidade, mas para este país. Esta é uma aposta importante da gestão que se inicia”, disse Maria Arminda.

Segundo ela, “a USP tem uma missão particular não só em São Paulo, mas no cenário brasileiro. A mais prestigiosa Universidade da América Latina tem que participar de uma agenda contemporânea e de propostas para responder e pensar este país”.

Nova estrutura universitária

Em seguida, o novo reitor destacou três grandes modificações na estrutura da Universidade que deverão ser implementadas na sua gestão, como a criação da Pró-Reitoria de Pertencimento e de Inclusão, que terá como objetivo “organizar melhor e unificar ações já existentes e implementar novos projetos, com uma estrutura central e capilaridade em todas as unidades, para dar maior acolhida aos estudantes”, explicou.

A nova vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, e o novo reitor, Carlos Gilberto Carlotti Junior, falaram sobre o processo de transição da nova gestão, que se iniciará em 25 de janeiro – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A Pró-Reitoria de Pesquisa deverá incorporar o termo Inovação, com a criação de uma área adjunta, “para dar uma sinalização clara de que a Universidade quer fazer inovação no conceito mais amplo, não só tecnológico, mas referente a toda a transferência de conhecimento e ao desenvolvimento de políticas públicas junto à sociedade”.

A terceira estrutura proposta é a criação do Centro de Desenvolvimento Sustentável. “A Universidade é um grande ator da sociedade que pode fomentar essa discussão e esse conceito e as instituições serão avaliadas, daqui para a frente, por sua capacidade de induzir políticas políticas e produzir propostas na área de desenvolvimento sustentável”, considerou.

Em sua apresentação, Carlotti também frisou, dentre outros temas, a necessidade da implementação de um plano de desenvolvimento institucional, da contratação de novos docentes e da discussão sobre o futuro da graduação na Universidade. “Vamos investir naquilo que realmente vai mudar a Universidade. A sociedade nos reconhece pela graduação.”

Universidade fortalecida

(Da esq. p/dir.) O vice-reitor Antonio Carlos Hernandes, o reitor Vahan Agopyan, e o chefe do Gabinete do Reitor, Marcos Domingos Siqueira Tavares, no auditório da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), onde foi realizado o encontro com os dirigentes – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Na primeira parte da reunião, o reitor Vahan Agopyan e o vice-reitor Antonio Carlos Hernandes apresentaram um relato das ações que foram desenvolvidas nos últimos quatro anos nas quatro Pró-Reitorias (Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Universitária), nas Superintendências de Assistência Social (SAS), Tecnologia da Informação (STI) e do Espaço Físico (SEF) e na Coordenadoria de Administração Geral (Codage).

“Não me sinto frustrado por termos enfrentado desafios não previstos e inimagináveis, como a pandemia da covid-19, durante a minha gestão. Nossa Universidade, sob pressão dos desafios, saiu fortalecida. Demonstramos para a sociedade a nossa excelência, a nossa capacidade de responder às demandas sociais. Temos muito do que nos orgulhar. Somos uma Universidade competente e que cumpre seu papel”, enfatizou.

“O programa da gestão reitoral que está se encerrando tinha três eixos principais: a excelência acadêmica, a ampliação da interação com a sociedade e a contínua valorização dos recursos humanos. A excelência, demonstrada pelo nosso desempenho nas avaliações nacionais e internacionais, foi alcançada quando atingimos uma inclusão social recorde. Conseguimos transformar a USP em uma universidade inclusiva, com mais de 50% de alunos ingressantes oriundos de escolas públicas em 2021. As Pró-Reitorias também adotaram ações proativas para melhorar nossos cursos de graduação e de pós-graduação e, mesmo com aulas remotas, conseguimos oferecer o ensino em um ambiente de pesquisa”, explicou.

No que se refere ao relacionamento com a sociedade, o reitor ressaltou que “fomos considerados uma fonte segura de informações, principalmente para a imprensa”. Quanto à valorização dos recursos humanos, a despeito das limitações impostas pela lei federal complementar nº 173, Agopyan destacou a progressão horizontal dos docentes, que promoveu 57% dos professores elegíveis ao processo. A progressão horizontal compreende a promoção de Doutor 1 para Doutor 2; de Associado 1 para Associado 2; e de Associado 2 para Associado 3. A mudança de nível resulta em acréscimo salarial.

“A USP manteve sua excelência, aumentou seu prestígio nacional e internacionalmente, tornou-se mais inclusiva, aproximou-se mais da sociedade e saneou suas finanças, graças à contribuição de toda a comunidade. Portanto, tenho orgulho de ser USP”, concluiu.

Por Adriana Cruz da Assessoria de Imprensa da Reitoria – Jornal da USP

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