Risco de infecção é menor em ambientes abertos, como praia ou piscina, mas pode acontecer. “Temos que evitar aglomerações”, ressalta infectologista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
O feriado de carnaval está chegando e, mesmo com o cancelamento de desfiles e outras celebrações em várias cidades do País, é inevitável que haverá aglomerações em festas, praias e outros destinos turísticos. Nesse ponto, é importante relembrar como o vírus da covid-19 passa de uma pessoa para outra, e os comportamentos que precisam ser evitados para se proteger da doença.
O risco de transmissão em ambientes abertos é menor do que em ambientes fechados, mas, ainda assim, é importante evitar aglomerações, destaca o médico infectologista e epidemiologista Benedito Lopes da Fonseca, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e membro da Comissão Assessora de Saúde da Universidade de São Paulo. “Existem várias maneiras que a gente pode pegar essa doença”, diz.
Fonseca é o convidado desta semana do Boletim USP-Covid, um programa semanal do Canal USP no YouTube, que recebe especialistas da Universidade para falar sobre a situação da pandemia no Estado de São Paulo. Ele lembra que a covid-19 é transmitida principalmente pelo ar, por meio de partículas virais que são expelidas pela boca e pelo nariz durante a respiração e quando falamos, espirramos ou tossimos. Num ambiente fechado, o risco de transmissão é altíssimo — especialmente com a variante ômicron. Num ambiente aberto e bem ventilado, essas partículas se dissipam com maior facilidade, o que diminui o risco de contágio. Mesmo assim, se as pessoas estiverem muito próximas umas das outras, a possibilidade de transmissão existe, e não pode ser ignorada.
“A transmissão ao ar livre é muito menos eficiente do que num ambiente fechado. O que a gente precisa ver é a proximidade”, ressalta Fonseca. “O perfeito cenário para diminuir a transmissão dessa doença é que todo mundo numa mesma situação esteja usando máscara”, completa o médico — lembrando que a máscara precisa cobrir integralmente o nariz e a boca; caso contrário, não funciona.
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Por Herton Escobar – Jornal da USP