Reitor esteve no local e inaugurou ações da gestão que integram as comemorações dos 90 anos da USP e a valorização dos espaços dos campi
O campus USP de São Carlos foi palco, na segunda-feira, dia 5 de agosto, de três eventos alusivos ao aniversário da USP: a abertura da exposição USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus e a inauguração de dois novos centros de vivência para a comunidade acadêmica.
Iniciando a programação do dia, foi aberta ao público a exposição USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus. Trata-se de uma mostra inédita, criada pela Reitoria para a comemoração do aniversário da Universidade. A iniciativa foi planejada e executada em conjunto pelos quatro museus estatutários da USP – Museu de Arte Contemporânea (MAC), Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Museu Paulista (MP) e Museu de Zoologia (MZ) – que selecionaram recortes de seus conteúdos para uma itinerância exclusiva pelos campi da USP. Antes de São Carlos, a atração já esteve em Ribeirão Preto, Pirassununga e Bauru. Em seguida, seguirá para a cidade de Piracicaba.
Parte desse material está sendo exposto com peças originais. Já outras, devido ao seu valor inestimável e custos logísticos e de seguros para deslocamentos, foram recriados em réplicas ou imersões digitais, em um trabalho desenvolvido, especialmente com tecnologias interativas, pelo Centro de Inovação da USP (InovaUSP). Também faz parte do roteiro a videoinstalação 4M, um filme documentário imersivo do artista e videomaker Tadeu Jungle, que aborda a temática museológica.
O resultado são ambientes que reproduzem experiências normalmente só vivenciadas nas sedes desses museus, permitindo que o público do interior também possa ter acesso a esse conhecimento de forma mais direta e sinta-se convidado a uma visita presencial.
Até o final do ano, a mostra está percorrendo todos os campi do interior e, em janeiro de 2026, a itinerância será encerrada no campus da capital, fechando o ciclo de comemorações dos 90 anos.
Para o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, “esta iniciativa tem sido muito proveitosa para promover uma aproximação dos nossos museus com a comunidade uspiana dos diversos campi e também com a comunidade não uspiana, das regiões próximas, que, muitas vezes, não conhece toda a riqueza cultural que podemos oferecer”.
Carlotti ressalta, ainda, que “este tipo de conteúdo ajuda a aperfeiçoar a formação não só de alunos, mas também professores e funcionários, permitindo que a USP não seja um lugar de formação de excelência apenas no aspecto técnico, mas também humanista. Pessoas que têm mais contato com a cultura conseguem ser pessoas melhores para modificar a sociedade”.
O coordenador da ação, Hussam El Dine Zaher, destacou a grande aceitação que a atividade tem recebido nas cidades:“Estamos inaugurando a quarta etapa dessa itinerância somando um total de 55 dias de mostra aberta ao público, nos quais recebemos 7.800 visitantes, incluindo crianças de 135 escolas de mais de 20 diferentes municípios. Esperamos finalizar esse roteiro totalizando mais de 10 mil pessoas, confirmando com os números o enorme interesse que a população do interior sempre demonstrou pelas atividades culturais da USP”, comentou Zaher, que também é pró-reitor adjunto de Cultura e Extensão Universitária da USP.
A solenidade de inauguração da exposição foi prestigiada por dirigentes acadêmicos do campus USP de São Carlos e outras autoridades municipais.
A mostra pode ser visitada na cidade até o dia 6 de setembro, de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h, no Centro de Convenções, que fica na avenida José Antonio Santilli, 2000, Bela Vista São-Carlense. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos. Visitantes espontâneos não necessitam de agendamento prévio. Os grupos escolares podem reservar seus horários e fazer o percurso com o auxílio de monitores treinados. Mais informações podem ser obtidas no site do projeto.
Centros de Vivência
No mesmo dia da abertura da exposição, foram inaugurados dois centros de vivência, que são os primeiros em São Carlos. Construídos nas duas diferentes regiões do campus, conhecidas como Área 1 e Área 2, os novos ambientes foram projetados para que as pessoas possam se encontrar, conversar, estudar ou descansar.
Os espaços, todos compostos de materiais sustentáveis, fazem parte do Programa Pertencer, uma ação do planejamento socioambiental da USP que apoia projetos de uso e ocupação de áreas externas como locais de inclusão, acolhimento e pertencimento.
O assessor da Reitoria responsável pelo projeto, Hugo Yoshizaki, que também é docente da Escola Politécnica (Poli), explica que o objetivo é “valorizar o território dos campi e das Unidades da Universidade para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade uspiana por meio da conexão e integração de diferentes escalas territoriais: cidade, campus, unidades e espaços livres”.
Na inauguração, o reitor da USP comemorou o avanço da implementação desses espaços em todos os campi. “Os espaços que estamos disponibilizando hoje mostram como o Projeto Pertencer torna concreto o objetivo de oferecer espaços agradáveis de convivência, com estruturas úteis como tomadas, água e banheiros, de modo que aumente a densidade dos campi não só em termos de prédios ou de pesquisas, mas também de vivência”, comentou, anunciando que estão planejados novos espaços como esse em outras partes do campus, além de uma área voltada para a prática esportiva.
Ao todo, está prevista a inauguração de 36 centros de convívio, oferecendo estruturas com pontos de energia, internet, bancos e paisagismo, além de, em alguns casos, banheiros e alimentação.
O prefeito do campus USP de São Carlos, Luís Fernando Costa Alberto, ressaltou como essas estruturas favorecem a vida universitária: “Trata-se de uma ideia que veio ao encontro de projetos que já estávamos fazendo para o campus, pois entendemos a importância que toda a comunidade tenha uma convivência com trocas de ideias e experiências”.
Na Área 1, o Centro de Convivência está localizado entre a Praça Central e o Palquinho, e na Área 2, entre os prédios da Engenharia Aeronáutica e Engenharia de Materiais e Manufatura.
Por Michel Sitnik – Jornal da USP