Ciclo Arte Ciência Tecnologia 2024 – IEA Polo São Carlos

O segundo encontro do Ciclo ACT> traz a artista Giselle Beiguelman para discutir arte, ciência e inteligência artificial, a partir de seus projetos artísticos mais recentes, como Botannica Tirannica.

Palestra: Venenosas, Nocivas e Suspeitas: histórias de mulheres, IAs e plantas

Dia 18 junho, às 19h, no auditório do Centro Cultural/IEA – Av. Dr. Carlos Botelho, 1465 – Campus São Carlos da Universidade de São Paulo – São Carlos SP.

Inscrições: https://forms.gle/WHKhPcq34LRJH32Z7. Vagas limitadas.

Giselle Beiguelman

Artista e professora da FAU-USP. Pesquisa acervos e métodos de preservação de arquivos nato-digitais, arte e ativismo na cidade em rede e as estéticas da memória no século 21. É coordenadora do Projeto Temático Fapesp Acervos Digitais e Pesquisa: arte, arquitetura e design e autora de Políticas da imagem: vigilância e resistência na dadosfera (UBU Editora, 2021; 2a ed. 2023) e Memória da amnésia: políticas do esquecimento (Edições Sesc, 2019), entre outros. Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP e Pinacoteca de São Paulo. Em seus projetos recentes investiga a construção do imaginário colonialista das artes e das ciências com recursos de Inteligência Artificial. Recebeu vários prêmios nacionais e internacionais.

Serão emitidos certificados mediante frequência mínima de 75% no conjunto das palestras do Ciclo. Os próximos encontros do Ciclo ACT> ocorrerão em 27/08, 18/09, 23/10 e 13/11.

“Em Botannica Tirannica, Giselle Beiguelman amplia o escopo de seu trabalho para o campo da ciência e investiga a relação entre a ciência hegemônica, a botânica clássica e o imaginário colonialista historicamente presente nas formas de dominação da natureza.

Para estabelecer uma genealogia científica do preconceito, Beiguelman utilizou recursos de Inteligência Artificial para cruzar e combinar várias espécies com nomes depreciativos. Num jardim pós-natural, nascem híbridos, plantas ao mesmo tempo reais e inventadas, verdadeiras e falsas, desfazendo assim o ímpeto taxonômico através dos seus corpos estranhos e nomenclaturas impronunciáveis.

Contra as forças taxonômicas, os binarismos impostos e as identidades fixas, Botannica Tirannica revive as tradições de peregrinação e nomadismo para reconhecer as plantas, em particular as “ervas daninhas”, como formas de vida resistentes e resilientes, criaturas agora plantadas em jardins reais e digitais. Desses jardins, elas não serão eliminadas.” Ilana Feldman

Realização: Grupo ACT>IEA-USP @ieasc.usp

Apoio: Centro Cultural USP São Carlos @centrocultural.sc.usp

 

Por IEA Polo São Carlos

VEJA TAMBÉM ...