Em segunda edição ampliada, obras gratuitas foram produzidas pelo Centro de Preservação Cultural Casa de Dona Yayá (CPC)

Capas dos livros lançados pelo Centro de Preservação Cultural Casa de Dona Yayá (CPC) da USP – Foto: Divulgação/CPC
Dois livros disponíveis no Portal de Livros Abertos da USP dão uma boa ideia da diversidade e da importância do patrimônio cultural da Universidade de São Paulo. Produzidos pelo Centro de Preservação Cultural Casa de Dona Yayá (CPC) da USP, as duas obras são intituladas Guia do Patrimônio Tombado da Universidade de São Paulo e Guia de Museus e Acervos da Universidade de São Paulo. Elas foram lançadas em segunda edição ampliada.

Edifício Baronesa de Limeira – Faculdade de Direito – Foto: Pedro Lopes/Acervo CPC-USP
Já o Guia de Museus e Acervos da Universidade de São Paulo traz informações sobre 70 acervos espalhados pelas faculdades, institutos e outros órgãos da Universidade, com informações sobre sua formação, características e condições de acesso. “Trata-se de conjuntos documentais das mais variadas naturezas espalhados em laboratórios, departamentos, bibliotecas, arquivos, museus, centros de memória, espaços de divulgação científica e cultural, entre outros”, informa o guia. “Profundamente articulados às atividades-fim da Universidade, tais acervos exercem papel fundamental na formação de novos estudantes e pesquisadores, no desenvolvimento de pesquisas científicas e no diálogo com grupos sociais externos à Universidade. De obras de arte a fósseis, de exsicatas a rochas, de obras audiovisuais a peças de figurino, de documentos em papel a artefatos de tecnologia digital avançada: trata-se de um rico e gigantesco universo de objetos intimamente vinculado à vida universitária e à comunicação com públicos externos.”
Os quatro grandes museus da USP – Museu Paulista (MP), Museu de Zoologia (MZ), Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) e Museu de Arte Contemporânea (MAC) – são destacados no guia, além de outros museus e acervos mantidos pelas diferentes unidades da Universidade. Entre eles está o Acervo Histórico do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina. “Criado em 2012 e conhecido como Blocoteca, o Acervo Histórico contém uma coleção de laudos, blocos e lâminas pertencentes ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina, itens comumente utilizados como objetos de estudo por docentes e discentes”, fica-se sabendo ao ler o guia. “O acervo conta com mais de 186 mil laudos de autópsias e mais de 431 mil fragmentos de tecido humano identificados. Ele tem origem nos procedimentos de autópsias acadêmicas realizadas na faculdade desde 1932 e está disponível para pesquisadores.”
O Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) também faz parte dos acervos contemplados pelo guia. Inaugurado em 1991 – informa a publicação –, esse laboratório possui cerca de 1.970 filmes com temas ligados a ecologia, identidade, moradia, parentesco, política, racismo, religião, ritual, violência, entre outros. Inclui também 24.500 imagens, entre fotos, adesivos e placas de vidro, 700 horas de registros sonoros em fitas cassete, discos, CD e arquivos digitais e documentos de referência, como livros, teses e catálogos. “Atua como centro básico de pesquisa e treinamento para estudantes e oferece infraestrutura para a produção ou pesquisa em imagens e sons etnográficos.”
A Coleção de Crustáceos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), o Jardim da Botânica – também ligado à FFCLRP –, o Centro de Memória da Faculdade de Saúde Pública e o Museu de Computação Professor Odelar Leite Linhares, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), também estão no guia, entre outros bens.