Encontro dos escritórios de internacionalização da USP discute estratégias para ampliar oferta de disciplinas em inglês na graduação

Realizado nos dias 27 e 28 de março, o encontro reuniu representantes dos escritórios de internacionalização de diferentes unidades da USP

 

Encontro dos escritórios internacionais destacou o papel dos funcionários técnico-administrativos na articulação de ações colaborativas em prol da internacionalização da USP (crédito da imagem: Reinaldo Mizutani)

 

Ampliar fronteiras, consolidar parcerias e oferecer uma formação mais conectada com o mundo: a internacionalização é uma das principais estratégias da USP para fortalecer sua excelência acadêmica e seu papel de destaque no ensino superior. Na busca por aprofundar esse processo, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) realizou a terceira edição do Encontro dos Escritórios de Internacionalização da USP, reunindo representantes de unidades de diferentes áreas e campi.

Durante dois dias de atividades, houve troca de experiências, alinhamento de estratégias e procedimentos para tornar a USP ainda mais conectada com o cenário acadêmico global. “A internacionalização é um trabalho tocado  pelos escritórios de internacionalização de cada uma das 42 unidades da Universidade. Então, é muito importante conectar essas pessoas que fazem a coisa acontecer”, explica Ana Oneide Sales, organizadora do evento e coordenadora do Escritório de Relações Internacionais do ICMC.

A programação do encontro incluiu mesas sobre convênios e mobilidade acadêmica, boas práticas de recepção de estudantes estrangeiros e o papel da pós-graduação e dos centros de pesquisa na construção de pontes internacionais. Um dos destaques foi a palestra da professora Kalinka Regina Castelo Branco, vice-diretora do ICMC, que abordou as estratégias de internacionalização da USP.

Entre as demandas mais discutidas durante o evento está a ampliação da oferta de disciplinas em inglês para alunos de graduação. Enquanto a pós-graduação da USP já conta com uma grade razoável de disciplinas internacionais, a graduação ainda carece de uma estrutura mais consolidada. Isso tem impacto direto na mobilidade de estudantes estrangeiros que desejam estudar no Brasil e também no planejamento dos próprios cursos. “Quando um aluno decide fazer mobilidade, ele começa a planejar isso com, pelo menos, um ano de antecedência. Ter uma grade fixa de disciplinas em inglês facilita esse processo”, explica Ana Oneide.

 

O evento também foi espaço para fortalecer laços entre equipes, compartilhar desafios do dia a dia e celebrar a atuação conjunta na internacionalização da USP (crédito da imagem: Reinaldo Mizutani)

 

De acordo com Ana, em 2024, o ICMC solicitou aos departamentos que oferecessem ao menos duas disciplinas em inglês. O resultado prático ainda está em maturação, mas os frutos já começam a aparecer. “Tenho recebido muito mais contatos de universidades parceiras interessadas nas nossas ofertas. Isso não acontecia antes”, conta.

Mais do que números e convênios, a internacionalização transforma vidas. Ter colegas estrangeiros em sala de aula não apenas amplia o repertório cultural dos estudantes brasileiros como também abre portas para colaborações acadêmicas futuras. “O aluno que vem do exterior pode virar um pesquisador parceiro, um elo com a instituição dele. E o aluno brasileiro, que se conecta com colegas de fora, amplia sua rede de cooperação, o que pode ser essencial para futuras experiências de intercâmbio ou pesquisa”, diz Ana.

Esse processo de intercâmbio vai muito além do idioma, como explica a organizadora do evento: “Envolve convivência com diferentes culturas, tolerância, diversidade e a valorização da própria identidade. É uma via de mão dupla: os estrangeiros conhecem a nossa cultura, e os nossos alunos se tornam mais preparados para lidar com o mundo. Isso impacta diretamente na formação deles como cidadãos e profissionais.”.

 

Os representantes dos escritórios internacionais de diversos campi da USP puderam trocar experiências durante o encontro (crédito da imagem: Reinaldo Mizutani)

 

Como desdobramento do encontro, serão criados grupos de trabalho (GTs) formados por representantes de diferentes unidades da USP. A proposta é que esses GTs discutam temas como fluxo de convênios, recepção de estudantes, padronização de procedimentos e melhorias nos sistemas eletrônicos. Um relatório com os encaminhamentos será enviado à presidência da Aucani, escritório internacional da USP responsável por gerenciar a cooperação acadêmica nacional e internacional de toda a Universidade. O presidente da agência, professor Sergio Persival Baroncini Proença, também participou do encerramento do evento.

 

O presidente da Aucani participou do encerramento do evento, destacando a importância do trabalho realizado pelas unidades na consolidação da internacionalização da USP (crédito da imagem: Reinaldo Mizutani)

 

 Texto: Gabriele Maciel, da Fontes Comunicação Científica

 

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