A cantora reforçou o apoio às ações de inclusão da Universidade e apresentou a proposta de criar espaços artísticos em ambientes hospitalares
A cantora Marisa Monte será embaixadora do USP Diversa – programa de doação voltado para o financiamento de bolsas de permanência estudantil. Marisa visitou a Reitoria na manhã de hoje, dia 15 de dezembro, e se encontrou com o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda. A reunião foi uma oportunidade de pensar e discutir a realização de ações conjuntas para promover a inclusão social, o acolhimento e a utilização da arte como instrumento de integração e bem-estar.
“A missão da USP é formar líderes e é cada vez mais evidente que esses líderes devem ser formados com diversidade. Mas não basta apenas o esforço da Universidade, esse tem que ser um movimento de toda a sociedade”, afirmou o reitor.
Carlotti explicou que a USP começou a incorporar ações afirmativas em 2006, com a criação de uma política de bônus para estimular o ingresso de estudantes da rede pública de ensino médio. A reserva de vagas para estudantes do ensino público e étnico-raciais foi adotada em 2018.
“O aumento da inclusão exige outra medida na mesma intensidade, que são as políticas de permanência estudantil, criadas para garantir apoio financeiro e condições para que o estudante cotista consiga se desenvolver e concluir o curso. Esse é o objetivo do programa USP Diversa, que além de angariar recursos para permanência também tem a vantagem de colocar o aluno em contato com as empresas e aumentar suas oportunidades de trabalho”, explicou Carlotti.
Para Marisa Monte, “o ingresso em uma universidade é algo transformador, não só para a pessoa que entra, mas também para todos os que estão à sua volta. Transforma a vida dos pais, dos irmãos, de toda a sociedade. Aumentar a inclusão e a diversidade é um problema de todos nós, por isso é importante que a sociedade veja o trabalho que vocês fazem aqui”.
A cantora se comprometeu a participar de campanhas para divulgar o programa USP Diversa e outras ações para sensibilizar a sociedade civil sobre a importância da inclusão e das políticas de permanência estudantil nas universidades.
“A inclusão é uma coisa que, uma vez que acontece, ninguém tira de você. É algo que reflete na sua vida inteira, não envelhece, só melhora, só cresce e vai refletir nas gerações depois de você, inspirando as pessoas a acreditar que são capazes de viver essa experiência de ter acesso à educação de qualidade”, defendeu a artista.
Também participaram da reunião o pró-reitor de Pesquisa, Paulo Alberto Nussenzveig; a coordenadora adjunta de Administração Geral, Heliani Berlato dos Santos; a diretora da Cardio-Oncologia do Instituto do Coração (Incor), Ludhmila Abrahão Hajjar; o chefe de Gabinete, Arlindo Philippi Junior; a editora-executiva da Superintendência de Comunicação Social, Márcia Blasques; o coordenador do Escritório de Desenvolvimento de Parcerias, Moacir de Miranda Oliveira Junior; a diretora da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Brasilina Passarelli; os professores da ECA, Dorinho Bastos e Lucia Maciel Barbosa de Oliveira; e a médica do Instituto do Câncer, Stephanie Itala Rizk.
USP Diversa
O USP Diversa é um programa de doação para pessoas físicas e jurídicas que tenham interesse em financiar bolsas para estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
No caso de empresas, a Universidade quer estimular a adesão de interessados que assumam o compromisso de oferecer esse apoio para o período completo da graduação a um número previamente definido de estudantes. As pessoas físicas poderão escolher apoiar de forma recorrente ou única e determinarão previamente o período de sua participação.
Empresas como Itaú, Santander, Deutsche Bank e Dow Química já aderiram ao programa. O Fundo Patrimonial da USP concederá dez bolsas, totalizando, nesta primeira etapa, o oferecimento de mais de 270 auxílios, no valor de R$ 800 mensais. O investimento total está estimado em R$ 10 milhões.
Espaço Imaginário
Aproveitando a ocasião, Marisa Monte também apresentou um projeto que está sendo desenvolvido por ela e pela professora Ludhmila, para a criação do Espaço Imaginário Marisa Monte no Incor. O espaço será uma plataforma de vivência artística e cultural para que pacientes, acompanhantes e funcionários desfrutem de um ambiente lúdico que ofereça alívio emocional e redução do sofrimento dentro da rotina de uma instituição de saúde.
Sediado no Incor e financiado por doações de pessoas físicas e jurídicas, o Espaço Imaginário contará com biblioteca híbrida, tablets, instrumentos musicais, caixas de som e uma programação de atividades culturais e educacionais. Depois de implantado, o modelo deverá ser replicado em outros espaços da USP e de outras instituições.
Por Erika Yamamoto – Jornal da USP