Minicurso de física para o ensino médio: Tecnologias digitais de comunicação e informação – Metodologias ativas de aprendizagem

Prof. Dr. Marcelo Alves Barros – “Uma iniciativa com muito sucesso”

Sob a coordenação do docente Prof. Dr. Marcelo Alves Barros, – Pesquisador Principal do Projeto denominado: Estudo de Implementação de Inovações Curriculares, Estratégias Pedagógicas e Tecnologias Emergentes para Qualidade-Equidade na Educação Básica – Linha de Fomento: Acordos de Cooperação / SEDUC – Secretaria da Educação / PROEDUCA – Programa de Pesquisa em Educação Básica / SEDUC – PROEDUCA – Projeto de Pesquisa – Temático –, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) promoveu no passado dia 24 de maio um minicurso de física para o ensino médio, denominado “Tecnologias digitais de comunicação e informação – metodologias ativas de aprendizagem” e onde participaram cerca de quarenta alunos oriundos das Escolas Estaduais Maria Ramos e Jesuíno de Arruda.

Este minicurso fez parte das atividades regulares da Disciplina de Estágio Supervisionado de Física, onde participam alunos estagiários do Curso Interunidades de Ciências Exatas, que engloba estudantes (futuros professores) dos Institutos de Física (IFSC/USP), química (IQSC/USP) e de de ciências matemáticas e de computação (ICMC/USP) do Campus USP de São Carlos.

Alunos estagiários do IFSC/USP supervisionando e ajudando nas atividades dos jovens alunos

O foco, segundo o coordenador do evento, foi realizar atividades implementando tecnologias digitais de comunicação e informação, e de metodologias ativas de aprendizagem. “Esta ação é bastante importante, já que ela possibilita que os alunos do IFSC/USP, que irão ser futuros professores, consigam obter um conhecimento abrangente dos conteúdos trabalhados durante as aulas regulares do ensino médio, possibilitando que vivenciem experimentos usando plataformas virtuais, algo que seria bastante difícil de ser realizado durante uma atividade laboratorial nas escolas”, enfatiza o professor, acrescentando que os alunos das escolas que participaram neste minicurso mostraram um grande engajamento nas atividades, inclusive trabalhando em grupos e mostrando um poder de argumentação e de comunicação muito satisfatórios.

Prof. Fabrício Hender Inoue – EE Maria Ramos

Para o Prof. Fabrício Hender Inoue, docente da EE Maria Ramos e bolsista de Aperfeiçoamento Pedagógico da FAPESP, formado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a experiência foi ótima, já que o minicurso proporcionou um trabalho que não seria possível realizar na escola, não só pela inexistência de tempo disponível, mas também pelas dificuldades em realizar ações de interação entre os alunos. “Este é um exemplo claro de como estas atividades aproximam a escola da universidade, onde os jovens acabam sendo os protagonistas de sua própria aprendizagem, evoluindo e desenvolvendo as metodologias ativas. Resumidamente, eles estão se confrontando com o mesmo conteúdo, mas de uma forma diferente do que acontece na escola. Ao fim e ao cabo, eles conseguem visualizar os conteúdos de uma forma mais abrangente e efetiva, despertando as suas curiosidades e construindo, inclusive, o seu caminho rumo ao ensino superior”, comenta o professor.

Prof. João Pedro Mardegan Ribeiro – EE Jesuíno de Arruda

Na opinião do Prof. João Pedro Mardegan Ribeiro, formado no IFSC/USP e coordenador na EE Jesuíno de Arruda, sendo igualmente professor bolsista de Aperfeiçoamento Pedagógico da FAPESP, existe uma matriz curricular que exige uma abordagem conceitual do professor no dia a dia, porque “Temos uma quantidade de material para trabalhar antes dos exames oficiais que vêm do MEC. Daí que tenhamos pouco espaço para trabalhar com metodologias ativas, sendo que elas têm um papel importantíssimo, que é o de colocar os alunos como protagonistas no seu próprio aprendizado. Falamos bastante da relação entre o ensino e aprendizado, mas uma prática de ensino não resulta necessariamente em aprendizado, já que essa abordagem necessita que os alunos interajam com o conteúdo, fazendo com que ela seja significativa para eles. Nesta atividade, os alunos conseguiram ser agentes ativos na construção de seus próprios conhecimentos”, finaliza o docente.

Concentração absoluta dos jovens alunos

Por Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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