Realizada no último domingo, dia 17 de novembro, a primeira fase da Fuvest registrou 7,48% de abstenção; dos 107.333 inscritos, 8.031 não compareceram à prova
A primeira fase do vestibular Fuvest 2025, realizada no último domingo, dia 17 de novembro, registrou a menor taxa de abstenção de sua história: 7,48%. Dos 107.333 inscritos, 8.031 não compareceram à prova. No ano passado, a taxa foi de 8,68%.
“Isso indica uma maior taxa de efetividade entre o número de inscrições e as provas realizadas. Basta pensar que, neste ano, foram 1500 ausentes a menos em comparação com a primeira fase do ano passado”, explica o diretor executivo da Fuvest, Gustavo Monaco.
A cidade que registrou maior abstenção na edição deste ano foi Barretos, com 12,47% de faltantes. Registro ficou em segundo lugar, com 10,29% de abstenções. Na capital paulista, 7,94% dos candidatos não foram fazer a prova. A cidade com menor índice foi Pirassununga, com 4,09%.
Sobre o conteúdo da prova
A primeira fase do vestibular é uma prova com 90 questões de múltipla escolha e interdisciplinares: biologia, física, geografia, história, inglês, matemática, português e química. Na avaliação de Gustavo Monaco, “a prova trouxe muitos temas recentes, que contextualizam o conteúdo do ensino médio por meio das artes, de questões socioeconômicas e climáticas. As obras de leitura obrigatória também apareceram com força, ao contrário de anos anteriores”.
A prova abordou temas de grande relevância para a sociedade, nos quais, por vezes, foi promovido o diálogo entre presente, passado e futuro, explorando saberes que permeiam as diferentes disciplinas do ensino médio.
Os povos originários foram destaque em algumas questões, que trataram de elementos como a colonização e a arte indígena, bem como a preservação ambiental dos territórios dessas comunidades e a sua inserção no tecido social contemporâneo. Nossas raízes e nossa brasilidade também foram ressaltadas em questões sobre os povos africanos e seu território, bem como sobre nossa identidade cultural, expressa por produções artísticas, como música, poesia e pintura.
Ainda no contexto social, a igualdade de gênero foi discutida em recortes diversos, culturais, temporais e sociais, por meio de questões que tocaram em assuntos como a violência doméstica, a inserção da mulher no ambiente familiar e político, além da ascensão profissional das mulheres, principalmente em setores ainda ocupados pelo público masculino majoritariamente.
As mudanças climáticas também foram um tema recorrente, abordado sob perspectivas variadas, incluindo desde suas manifestações mais evidentes no clima até seus impactos e suas conexões com o meio urbano, a proliferação de doenças, o uso comercial de territórios antes pouco explorados, o movimento terrestre e a contagem do tempo, assim como a biodiversidade em geral.
A compreensão de conceitos científicos e matemáticos permitiu elucidar assuntos curiosos e fenômenos complexos, além de propor soluções e decidir a respeito de questões tecnológicas e do cotidiano. Pesquisas científicas serviram de referência para várias questões, destacando-se a importância da produção científica, inclusive para o desenvolvimento econômico dos países.
A linguagem permeou toda a prova e seu domínio foi necessário para solucionar não apenas questões de língua portuguesa, mas uma diversidade de perguntas que tiveram como ponto de partida um texto, verbal e/ou imagético. A literatura, por sua vez, fez-se presente em questões que se articularam com outras áreas do saber, com outras linguagens e, claro, confrontaram diferentes obras, exigindo do candidato muito mais que a mera leitura dos livros.
Clique nos links abaixo para visualizar as versões da prova:
. Prova tipo V1
. Prova tipo V2
. Prova tipo V3
. Prova tipo V4
Os gabaritos estão disponíveis neste link.
Para mais informações, acesse o site da Fuvest.
Texto: Assessoria de Comunicação da Fuvest
Por Jornal da USP