Iniciativa, que está em sua segunda edição, quer estimular docentes a solicitarem financiamento, oferecendo suporte complementar a projetos submetidos à Fapesp e a agências internacionais de fomento

Fotomontagem Jornal da USP com foto de: Fábio Durand/EPUSP – USP Imagens
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da USP lançou o edital da segunda edição do Programa de Incentivo à Demanda por Auxílios (Pida). A iniciativa visa estimular a solicitação de financiamento à pesquisa por docentes da Universidade, oferecendo suporte complementar a projetos submetidos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a agências internacionais de fomento.
O programa, que terá fluxo contínuo até o fim do exercício financeiro de 2025, conta com orçamento total de R$ 1,83 milhão. Entre os objetivos do Pida, destaca-se a tentativa de reverter a queda na submissão de projetos à Fapesp, principal fonte de financiamento para pesquisas no estado de São Paulo, especialmente após a pandemia da covid-19. O programa também busca oferecer contrapartidas institucionais para projetos internacionais, que, muitas vezes, não contemplam determinadas despesas essenciais para a execução das pesquisas.
A expectativa é que, dessa forma, o programa contribua para o aumento da submissão de projetos, fortalecendo a captação de recursos e promovendo um ambiente de pesquisa mais dinâmico e competitivo na USP, ampliando, também, o impacto das pesquisas realizadas na Universidade e estimulando colaborações nacionais e internacionais.
“As pesquisas nas universidades brasileiras, assim como no resto do mundo, são majoritariamente financiadas com recursos públicos, principalmente oriundos de agências de fomento, como a Fapesp, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A USP obtém historicamente aproximadamente metade dos recursos despendidos anualmente pela Fapesp, mas a nossa comunidade tem conseguido diversificar as fontes de financiamento, tanto com a iniciativa privada quanto com agências internacionais”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Paulo Nussenzveig.

Paulo Alberto Nussenzveig, pró-reitor de Pesquisa e Inovação – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
“Por outro lado, a pandemia gerou um hiato nas buscas por financiamento, o que nos motivou a criar este programa para incentivar pedidos de auxílios, pois sabemos que a demanda ainda pode aumentar”, ressalta.
Auxílio à Pesquisa – Regular: voltado para docentes que nunca receberam esse tipo de financiamento ou que não o possuem vigente desde dezembro de 2021. Um auxílio inicial de R$ 5 mil será concedido no momento da submissão da proposta à Fapesp, com possibilidade de complementação de R$ 10 mil caso o projeto seja aprovado.
Auxílio Jovem Pesquisador: direcionado a pesquisadores em início de carreira, oferece R$ 5 mil no período de avaliação da proposta e um adicional de R$ 15 mil em caso de aprovação.
Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático: exclusivo para pesquisadoras mulheres, garantindo R$ 5 mil na fase de avaliação da proposta e um adicional de R$ 15 mil após a aprovação.
Auxílio Internacional: destinado a docentes que tenham captado financiamento externo superior a US$ 30 mil para aplicação na USP. O valor do auxílio complementar será calculado proporcionalmente, com incrementos de R$ 3 mil para cada US$ 10 mil captados, até o limite de R$ 30 mil.
A primeira chamada do programa, em 2024, concedeu, até o momento, 64 auxílios parciais – quando o pedido é submetido à agência de fomento – e mais quatro complementações para aqueles que foram efetivamente aprovados, em um total de 68 apoios, número que ainda não é definitivo, pois os processos de análise dos projetos na Fapesp seguem em andamento. Deste total, oito foram internacionais e sete temáticos para pesquisadoras mulheres.
Para ler a íntegra do edital, clique aqui.