Tudo o que você precisa saber sobre a segunda fase do vestibular da Fuvest

Gustavo Mônaco dá as informações que considera importantes para a prova a ser disputada por quase 31 mil candidatos, que concorrem a 8.147 vagas em cursos de graduação da USP

A segunda fase contempla questões específicas vinculadas à demonstração de outras habilidades e competências, requerendo respostas discursivas – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A segunda fase do vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) ocorrerá neste domingo (17) e na segunda-feira (18); a primeira chamada será divulgada no dia 22 de janeiro de 2024. Cerca de 30.700 candidatos vão concorrer a 8.147 vagas em cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP).

O professor da Faculdade de Direito, Gustavo Mônaco, diretor da Fuvest, expõe as novidades do vestibular neste ano e relembra algumas informações importantes para a realização da prova.

Informações Importantes 

Neste ano, as provas do vestibular da Fuvest vão acontecer em dezembro, antes das festas de final de ano, diferentemente dos anos anteriores, em que acontecia em janeiro. O professor ressaltou que a alteração de data teve uma boa recepção por parte dos cursinhos e dos alunos, porque os estudantes vão poder aproveitar a passagem de ano sem se preocupar com o exame. Outra mudança é a admissão de caneta azul ou preta de tubo transparente. Os documentos digitais também serão aceitos e o aluno pode apresentar o RG no telefone celular.

Os locais de prova da primeira e da segunda fase podem ser diferentes. O professor afirma que, na segunda fase, há menos candidatos do que na primeira, sendo assim, existe uma redução dos pontos de aplicação da prova. Além disso, ele ressalta que este ano nenhuma unidade USP será utilizada, portanto, se algum aluno fez prova no campus da capital ou do interior é necessário olhar a área do candidato no site da Fuvest para ver o novo local de prova. “E lembrar que em algumas cidades do interior, com o número mais reduzido de candidatos, não existe aplicação na segunda fase. Os candidatos dessas cidades vão ter que se deslocar para uma cidade mais próxima para fazer a segunda fase”, reforça o diretor.

O professor relembra que a segunda fase é composta de dois dias (domingo e segunda-feira) e que, durante esses dias, o local de prova é o mesmo. Mônaco reforça que essas datas possuem realidades diferentes, sendo mais fácil chegar à localização de destino no domingo.

Dia da prova 

O diretor  da Fuvest reafirma que aparelhos eletrônicos são proibidos e que podem ser levados lápis, borracha e régua transparente. Os celulares vão ser desligados pelos candidatos e colocados num invólucro, oferecido pela Fuvest a todos os candidatos. Os alunos não devem utilizar lenços, bonés, nem quaisquer outros adereços que dificultem a fiscalização e é permitido o uso de aparelho auditivo, para atender às necessidades pessoais do candidato, desde que tenha sido feito o requerimento para uso.

Gustavo Mônaco – Foto: Leonor Calasans/IEA-USP

Mônaco informa ainda que não é obrigatório o uso de máscaras, mas que elas estarão disponíveis na sala de aplicação para eventual utilização. Ele reforça que está liberado comer no recinto e é importante levar água, uma dica importante, dado o calor extremo previsto para este final de semana.

Primeira e segunda fases

A primeira fase é composta de testes, sendo uma prova objetiva com resposta única, em que o candidato responde sobre todo o conteúdo programático do ensino médio. Na segunda fase, são questões específicas vinculadas à demonstração de outras habilidades e competências, requerendo respostas discursivas.

O professor explica que o primeiro dia da segunda fase é composto de dez questões de língua portuguesa e literatura e uma redação da Fuvest, que deve ter título a partir do tema proposto. No segundo dia, a prova é personalizada, porque cada curso define as matérias que quer cobrar, tendo a possibilidade de haver duas, três ou quatro disciplinas, mas todos os candidatos respondem 12 questões. “Se, na sua carreira, são duas disciplinas, você vai responder seis questões de cada uma delas. Se são três disciplinas, aparecerão quatro questões de cada uma das áreas do conhecimento. Então, haverá provas diferentes para cada candidato, dependendo da carreira que ele escolheu”, afirma o diretor.

Para o professor, o ponto principal da segunda etapa é prestar atenção ao comando da questão; ele exemplifica que, se a questão pede para citar, então o aluno deve fazer apenas uma citação, mas se a instrução é para discorrer criticamente, é o que o candidato deve fazer. “Lembrando que são dez questões de língua portuguesa e literatura e elas são divididas em duas sub perguntas, a e b. No segundo dia, são 12 questões e há três subdivisões, cada uma delas com letras a, b e c”, informa o diretor.

O tempo mínimo de prova é de duas horas para que o candidato possa deixar o local de aplicação e o tempo máximo é de quatro horas para realizar a prova inteira – questões e redação. O diretor reforça a necessidade de seguir os avisos dos fiscais de prova, pois já aconteceram casos de candidatos serem desclassificados por continuarem escrevendo no gabarito, mesmo após o comando de parar as anotações.

Treineiros 

Realizar a prova como treineiro é uma oportunidade para que o aluno entenda a dinâmica de aplicação da prova e responda às mesmas questões  dos candidatos que a estão disputando verdadeiramente. Além disso, a banca corrige essas provas sem saber que estão treinando, ou seja, a avaliação é feita de forma real e, assim, o aluno pode ver suas fragilidades e se preparar para o ano seguinte.

Em relação às datas, a primeira lista de aprovados é divulgada no dia 22 de janeiro e as matrículas serão realizadas a partir do dia 29 de janeiro até o dia 1º de fevereiro. A segunda lista será publicada dia 14 de fevereiro e a matrícula se inicia no dia 15 de fevereiro, terminando dia 16. O calendário da graduação prevê o início do ano letivo em 26 de fevereiro.

Por Jornal da USP

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