USP é a melhor universidade brasileira segundo ranking mundial da QS

Em quatro indicadores avaliados, a USP figura entre as 100 melhores do mundo: impacto de egressos, reputação acadêmica, sustentabilidade e rede internacional de pesquisa

Foto: Fábio Durand/USP Imagens

A USP é a universidade brasileira mais bem classificada no QS World University Ranking 2026, ocupando a 108ª colocação. Elaborado anualmente pela consultoria britânica especializada em ensino superior Quacquarelli Symonds (QS), o ranking avaliou mais de 8.400 mil universidades (2 mil a mais do que a edição do ano passado) e classificou as 1.501 melhores instituições de 106 países. O QS é um dos principais rankings universitários do mundo e foi divulgado hoje, dia 18 de junho.

Publicado desde 2004 pela Quacquarelli Symonds – organização internacional de pesquisa em educação, especializada em instituições de ensino superior –, o ranking analisou artigos acadêmicos e opiniões de docentes e empregadores do mundo todo. As universidades foram avaliadas de acordo com nove indicadores: reputação acadêmica, reputação entre empregadores, proporção de professor para estudante, citações científicas, número de estudantes estrangeiros, corpo docente internacional, sustentabilidade, empregabilidade e rede internacional de pesquisa. No ano passado, a USP ocupava a 92ª posição na classificação geral.

“A USP mais uma vez reafirma sua posição de destaque entre as grandes universidades globais. É uma excelente posição, pois o desempenho foi superior ao de 92,8% das 1.501 instituições classificadas, do total de 8 mil avaliadas. Com a participação de mais instituições na avaliação, é natural para uma classificação desse gênero que a posição das universidades no ranking varie um pouco. O importante é estarmos no grupo das principais instituições do mundo. A USP não pauta suas ações e seus projetos somente para conquistar melhores posições nos rankings, mas sim na busca constante da excelência de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

A coordenadora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP, Fátima de Lourdes dos Santos Nunes Marques, explica que, embora o QS tenha promovido alterações na metodologia de normalização das pontuações, a USP avançou quase seis pontos em seu score geral – de 61,6 para 67,3 – em relação à edição anterior, além de ampliar sua pontuação em sete dos nove indicadores avaliados. Segundo a professora, “novas instituições sempre são incluídas nas classificações e cada ranking define e altera suas variáveis e metodologias de acordo com objetivos específicos, o que dificulta as comparações com edições anteriores”.

Em quatro dos indicadores avaliados, a USP figura entre as 100 melhores instituições classificadas no mundo: impacto de egressos (31ª), reputação acadêmica (40ª), sustentabilidade (70ª) e rede internacional de pesquisa (76ª). Nesse dois últimos indicadores, a USP alcançou a classificação mais alta na América Latina e, em todos eles, é a líder nacional. Na edição deste ano, entre as instituições latino-americanas, a USP ocupa a segunda posição na classificação geral. A primeira é a Universidade de Buenos Aires (UBA).

O Brasil continua sendo o país latino-americano com mais instituições classificadas no ranking e mais universidades entre as 500 melhores do mundo: 24 ao todo. Depois da USP, a melhor posicionada foi a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 233ª colocação; seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 317ª; e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), na 450ª.

“Muitos países no mundo estão implementando projetos de excelências para suas universidades. Alguns pontos importantes nesses projetos são: permitir que as instituições tenham maior flexibilidade para contratar pessoas e, também, para o uso racional e flexível de seu orçamento. Por exemplo, muitas universidades estão contratando pesquisadores que estavam trabalhando nos Estados Unidos. Essas universidades convidam os professores e os contratam por tempo determinado. Infelizmente, não podemos realizar essa forma de contratação. Se o Brasil quer ter universidades em posições de maior destaque em rankings internacionais, precisamos ter programas de excelência. Além de verbas suficientes, precisamos discutir a gestão das universidades”, avalia o reitor.

QS Subject

Além da classificação geral, a USP está entre as melhores universidades do mundo em 49 das 55 áreas específicas avaliadas no QS World University Ranking by Subject, divulgado no dia 12 de março.

O destaque foi o curso de Engenharia de Petróleo, classificado em 9º lugar – a melhor posição alcançada por uma universidade latino-americana em qualquer área específica. Além de Engenharia do Petróleo, outros oito cursos da Universidade estão entre os 50 melhores do mundo: Odontologia (13ª); História da Arte (21-50), Antropologia (25ª); Engenharia de Minas (33ª); Esportes (39ª); Arqueologia (43ª); Enfermagem (47ª); e Política e Estudos Internacionais (50ª). Em 30 áreas específicas a Universidade ficou entre a 51ª e a 100ª posição; em oito áreas, entre as 150 melhores; e, em duas áreas, entre as 250 melhores.

As áreas específicas são agrupadas em cinco grandes áreas e a USP está entre as 100 melhores na classificação geral de todas as cinco: Ciência Social e Administração (43ª), Artes e Humanidades (50ª), Ciências da Vida e Medicina (47), Ciências Naturais (70ª) e Engenharia e Tecnologia (67ª).

Mais informações sobre rankings podem ser obtidas na página do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP.

Por Adriana Cruz – Jornal da USP

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