Um Grupo de Trabalho foi criado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação para avaliar propostas de políticas de inclusão e permanência dos alunos
A questão da permanência estudantil também é outro aspecto importante que deve ser abordado pelo grupo de trabalho.
Atualmente, a Pró-Reitoria investe cerca de R$ 16 milhões por ano em bolsas do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) e do Programa Mães Pesquisadoras. Os pós-graduandos também contam com 378 vagas no Conjunto Residencial da USP (Crusp). Mas essas iniciativas não são suficientes para suprir toda a demanda e, por isso, um programa de permanência específico para estudantes da pós-graduação está sendo elaborado e deve ser apresentado até o final do ano.
“Uma das maiores tragédias do Brasil é a quantidade de talentos não desenvolvidos e que são perdidos pela falta de oportunidades. A permanência é uma grande preocupação da atual gestão, tanto que levou à criação da nova Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, em maio deste ano”, afirmou o pró-reitor.
Outras iniciativas voltadas para permanência adotadas pela Universidade foram a criação de cursos de nivelamento em disciplinas básicas e de introdução; treinamento para o exame de qualificação; priorização de bolsas para mulheres, transgêneros e deficientes; programa de acompanhamento de alunos economicamente vulneráveis; diferenciação no sistema de pontuação para concessão de bolsas, conforme critérios étnicos e econômicos; grupo de apoio psicopedagógico; e tradutores de libras.
O pró-reitor reforça que, “apesar da importância de todas essas iniciativas, é essencial para a permanência estudantil que as agências de fomento façam a recomposição do valor das bolsas oferecidas, especialmente a Capes. Temos que mudar a política de financiamento da pós-graduação no Brasil para estimular nossos pesquisadores e evitar a fuga de cérebros que ameaça o futuro do País”.
Texto: Erika Yamamoto
Arte: Adrielly Kilryann
Por Jornal da USP