Sistema Gaia centraliza dados sobre substâncias controladas e prevê expansão para outras áreas ambientais

Foto: Freepik
 Entrou em operação, em agosto, o Sistema de Gestão Ambiental Institucional e Acadêmica (Gaia), que reúne informações sobre atividades ambientais na USP.
Entrou em operação, em agosto, o Sistema de Gestão Ambiental Institucional e Acadêmica (Gaia), que reúne informações sobre atividades ambientais na USP.
Num primeiro momento, o recurso conta com um módulo voltado ao controle de substâncias utilizadas em laboratórios e será administrado pela Superintendência de Gestão Ambiental (SGA).

Patricia Iglecias – Foto: Marcos Santos/USP IMagens
“A plataforma permitirá a gestão ambiental do ponto de vista do gerenciamento dos produtos químicos controlados dentro da USP, por meio da consolidação do registro das atividades relacionadas à aquisição, uso e descarte desses elementos de forma unificada. Esse processo garante mais transparência, precisão dos dados, rastreabilidade e sustentabilidade. Com isso, a Superintendência de Gestão Ambiental passa a ter ciência dessas atividades e a política de sustentabilidade da Universidade se fortalece, com ampliação de sua compliance, o que aumenta as chances de alcançar o primeiro lugar no ranking internacional de universidades sustentáveis, lista em que já estamos muito bem posicionados, em 5º lugar mundial entre centenas de instituições”, relata a superintendente de Gestão Ambiental, Patricia Iglecias.
A ferramenta foi desenvolvida inicialmente pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), onde já era usada internamente para controle laboratorial.
O coordenador do projeto de implantação, professor José Carlos Mierzwa, explica que o Gaia se incorpora ao conjunto de soluções digitais da Universidade. “Gaia, além de ser o nome de uma deusa grega primordial que representa o planeta Terra, é também o acrônimo para Gestão Ambiental Institucional e Acadêmica. Sua principal inovação é centralizar dados sobre o uso de substâncias controladas. Em caráter inicial, foi disponibilizado o módulo de reagentes químicos para atender às exigências legais relacionadas ao inventário controlado pela Polícia Federal, Exército e Polícia Civil. Para o futuro, estão previstos componentes adicionais sobre resíduos perigosos, consumo de água e energia, emissões atmosféricas e resíduos sólidos. Também está sendo planejado um módulo para a troca de materiais entre Unidades da USP, o que reduzirá gastos com a aquisição de novos itens e evitará a geração de resíduos decorrentes da perda de validade”, afirma Mierzwa, que é docente do Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica.

José Carlos Mierzwa – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Segundo ele, a expectativa é otimizar os recursos da Universidade: “Nossa meta é que a automação e a união de informações contribuam para melhorar as condições ambientais em toda a USP. Isso inclui a possibilidade de estruturar programas de gestão que promovam menor uso de recursos naturais e uma redução significativa na geração de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas”.
A implementação do Gaia foi realizada de forma integrada às soluções digitais já existentes na USP, em trabalho conduzido pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI). O superintendente, João Eduardo Ferreira, explica que, a partir da versão original desenvolvida na EESC, houve um redesenho para adoção dos padrões da Universidade, incluindo infraestrutura computacional, sistemas de acesso, segurança e bancos de dados. Ele ressalta a preocupação com a interoperabilidade: “Os usuários podem exportar arquivos de dados e relatórios em formatos definidos por órgãos externos”.

João Eduardo Ferreira – Foto Cecília Bastos/USP Imagem
Ferreira acrescenta que o projeto responde a uma demanda crescente de controle de dados relacionados à sustentabilidade: “O novo sistema representa uma entrega essencial para estimular outros mecanismos de inovação ligados ao tema. Reforça ainda o avanço do Programa USP 100% Inteligentemente Digital, que preconiza não apenas a digitalização de processos, mas principalmente a adoção de uma gestão acadêmica e administrativa racional. Nas próximas fases, continuaremos em parceria com a EESC e especialistas da USP nas áreas de resíduos, água, energia e emissões para definir regras, controles e estratégias de análise dos dados coletados”.
O acesso ao Gaia pode ser feito em: https://uspdigital.usp.br/gaia.
Por Michel Sitnik – Jornal da USP



