USP sedia 18 dos 34 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento da Fapesp

Quarto edital do programa destina R$ 256 milhões para pesquisas aplicadas a desafios do Estado de São Paulo em diversas áreas

Auditório com plateia de costas, cheia, e mesa com várias pessoas

Evento realizado na Fapesp marcou o lançamento de 34 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento – Foto: Phelipe Janning/Agência Fapesp

A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) divulgou, na última segunda-feira, 29 de setembro, a instalação de 34 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), selecionados no quarto edital lançado pelo programa, que apoia iniciativas que reúnem universidades, institutos de pesquisa, empresas e órgãos públicos para investigar e propor soluções a desafios estratégicos para o Estado de São Paulo e para o País. Eles combinam produção científica de ponta com aplicação prática, buscando gerar impacto social, econômico e ambiental em áreas prioritárias como saúde, educação, meio ambiente e tecnologia.

Os projetos selecionados agora envolvem a parceria de 17 órgãos do governo estadual, além de diversas prefeituras e órgãos municipais, em trabalhos que abrangem temas como mobilidade e resiliência urbana, transição energética, produção de alimentos e segurança alimentar, inclusão de pessoas com deficiência, inovação no ensino, segurança digital, aprimoramento da gestão pública com uso de inteligência artificial, entre outros. Somando-se a 49 CCDs que já haviam sido aprovados em editais anteriores, a Fapesp passa a apoiar, ao todo, 83 grupos. O lançamento do próximo edital está previsto para outubro.

Participaram do evento representantes do governo do Estado de São Paulo, dirigentes de universidades públicas paulistas, pesquisadores e membros da comunidade científica. A vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, que também é conselheira da Fapesp, participou do evento representando a Universidade.

O presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, apresentou o panorama geral dos novos centros e destacou a importância da pesquisa aplicada: “Estes projetos se caracterizam por aplicações diretas da ciência para o bem-estar da sociedade, interação colaborativa entre pesquisadores, gestores públicos, empresas e organizações da sociedade civil, e coprodução de conhecimento, com planejamento e execução conjunta”. Ele ressaltou ainda que os centros envolvem áreas diversas, como artes, transição energética, tecnologias assistivas, setor agropecuário, alimentos, segurança pública, meio ambiente e saúde.

Zago, que foi reitor da USP entre 2013 e 2018, também afirmou que a Fapesp mantém seu apoio à ciência básica e à formação de recursos humanos qualificados, com a ampliação de bolsas e reajustes nos auxílios à pesquisa. “Vivemos um momento desafiador, em que a tradição e a estabilidade de seis décadas da Fapesp se confrontam com a necessidade de redefinir estratégias diante de um mundo em transição. É essencial promover efetivamente ciência, tecnologia e inovação”, disse.

“O relacionamento entre universidades, centros de pesquisa e sociedade mudou muito nas últimas décadas. Programas como os Centros de Ciência para o Desenvolvimento permitem demonstrar que as universidades existem para oferecer soluções concretas aos desafios sociais e econômicos”, afirmou o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan, que foi reitor da USP de 2018 a 2022. “Durante a pandemia, a capacidade de resposta rápida das instituições paulistas evidenciou a relevância desse relacionamento e a necessidade de mantê-lo ativo para além das atividades de extensão.”

Ele acrescentou: “O governo estadual é parceiro da pesquisa científica. Os centros de pesquisa instalados em São Paulo já demonstram capacidade de solucionar problemas em diferentes setores, com participação de secretarias estaduais, prefeituras, empresas e organizações da sociedade civil. A continuidade do apoio da Fapesp e a autonomia da agência são fundamentais para garantir que recursos públicos sejam aplicados com eficiência, promovendo inovação, ciência aplicada e melhoria da qualidade de vida da população”.

Confira aqui a lista dos 34 novos centros e, abaixo, a íntegra da cerimônia de anúncio:

Por Michel Sitnik – Jornal da USP

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