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A 24ª edição da Semana de Arte e Cultura da USP acontecerá entre os dias 16 e 22 de setembro.
Anualmente realizada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, a Semana encontra-se plenamente consolidada no calendário acadêmico da Universidade. Tal conquista deve-se, não só à Resolução 4366 do Conselho de Cultura e Extensão, que a instituiu em 1997, mas, principalmente, ao caráter aglutinador das ações artísticas e culturais, que estabelecem outros parâmetros de reflexão e experiência dentro do cotidiano universitário, propiciando a ampliação de saberes a partir de um viés emancipatório, metafórico e ficcional proposto pelas ações implementadas em todos os campi da USP.
Pela segunda vez, o Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão do Campus São Carlos, formado pelos presidentes das Comissões de Cultura e Extensão Universitária (EESC, IAU, ICMC, IFSC, IQSC e CDCC), Centro Cultural (PUSP – São Carlos) e Teatro da USP – unidade São Carlos, a partir de uma curadoria conjunta, escolheu um tema agregador para as atividades no campus de São Carlos. Se em 2018, a partir do Tema “Tempos Úteis”, os binômios utilizados na vida acadêmica (produtivo/improdutivo, útil/inútil, ganhar tempo/perder tempo, sucesso/fracasso) foram enfocados, e uma pausa, um deslocamento e uma reflexão da comunidade USP para as suas práticas internas foram propostos, em 2019, esta curadoria definiu como tema “Lugares Possíveis”.
Na forma de ações culturais e diversificadas linguagens artísticas (Artes Visuais, Música, Dança, Audiovisual – Fotografia, Vídeo, Cinema; Literatura, Circo, Teatro, Artes Performativas e Artes Integradas), temos a expectativa não só de partilhar as ações culturais que têm sido desenvolvidas na USP, mas de construir novos territórios de comunicação com a comunidade local, para que possamos olhar ao redor e nos perguntar: “É possível construir outra realidade?”. É necessário enfatizar que, no mês da realização da Semana de Arte e Cultura, a comunidade universitária também está engajada na Campanha “Setembro Amarelo”, e que a Arte tem sido, desde sempre, um efetivo “lugar” de afeto, amparo, humanização, diálogo e encontro entre as pessoas
Para o geógrafo (humanista) Milton Santos (Por uma outra Globalização: do pensamento único à consciência universal.Rio de Janeiro: Record, 2000. 174 p.)
“devemos considerar que o mundo é formado não apenas pelo que já existe (aqui, ali, em toda parte), mas pelo que pode efetivamente existir (aqui, ali, em toda parte). O mundo datado de hoje deve ser enxergado como o que na verdade ele nos traz, isto é, somente o conjunto presente de possibilidades reais, concretas, todas factíveis sob determinadas condições. (…) No entanto, um mundo verdadeiro se definirá a partir da lista completa de possibilidades presentes em certa data e que incluem não só o que já existe sobre a face da terra, como também o que ainda não existe, mas é empiricamente factível. Tais possibilidades, ainda não realizadas, já estão presentes como tendência ou como promessa de realização. Por isso, situações como a que agora defrontamos parecem definitivas, mas não são verdades eternas. É somente a partir dessa constatação, fundada na história real do nosso tempo, que se torna possível retornar, de maneira concreta, a ideia de utopia e de projeto. Este será o resultado da conjugação de dois tipos de valores. De um lado, estão os valores fundamentais, essenciais, fundadores do homem, válidos em qualquer tempo e lugar, como a liberdade, a dignidade, a felicidade; de outro lado, surgem os valores contingentes, devidos à história do presente, isto é, à história atual. A densidade e a factibilidade histórica do projeto, hoje, dependem da maneira como empreendemos sua combinação. Por isso, é lícito dizer que o futuro são muitos, e resultarão de arranjos diferentes, segundo nosso grau de consciência, entre o reino das possibilidades e da vontade.”
Sendo assim, a perspectiva desta curadoria é de que essas duas palavras: Lugar e Possível, ao serem ditas num só respiro, nos impulsionem a ocupar um território simbólico de efetiva comunicação com o outro, para além dos muros da universidade, mas a partir dela e das manifestações culturais e artísticas de toda a sua comunidade (alunos, docentes e servidores não-docentes de todos os campi).
Curadoria e produção executiva (por ordem alfabética):
Angela Giampedro – Chefe da Seção de Atividades Culturais – Centro Cultural
Claudia Alves Fabiano – Orientadora de arte dramática do Teatro da Universidade de São Paulo – TUSP – campus São Carlos
Danielle Ribeiro – Estagiária de “Comunicação” do Centro Cultural
David Sperling – Professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP de São Carlos (IAU) e presidente do Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e extensão da USP São Carlos
Edison San – Funcionário do Centro Cultural da USP
Rafael Zafalon – Estagiário de “Preservação e Restauro de Acervo” do Centro Cultural
Produção, Design Gráfico e Comunicação (por ordem alfabética):
Adriana Toniolli Souza – Funcionária do Centro Cultural
Adriano Florio – Bolsista PUB de “Artes Visuais” do Centro Cultural
Alex Linares – Funcionário do Centro Cultural
Arthur Ellenrieder – Bolsista PUB de “Música” do Centro Cultural
Bárbara Machado – Bolsista PUB de “Teatro e Dança” do Teatro da USP
Camila Castro – Bolsista PUB de “Teatro e Dança” do Teatro da USP
Ciro Cellurale – Funcionário da Biblioteca da PUSP – Área 2
Fabiana Granusso – Bolsista PUB de “Dança” do Centro Cultural
Geovana Duarte – Bolsista PUB de “Audiovisual” do Centro Cultural
Laureane Cabral – Bolsista PUB de “Produção Cultural”do Teatro da USP
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Realização: Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão da USP São Carlos, Centro Cultural da USP, Teatro da Universidade de São Paulo – TUSP e Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP
Apoio: Sesc São Carlos, CAASO e GSom
Por Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão da USP São Carlos