Seminários no Museu do Ipiranga e no Espaço Brasiliana discutem extensão universitária na USP

Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP aborda, em parceria com Unesp e Unicamp, métricas e indicadores para a área e debate com especialistas da USP problemas, soluções, medidas e expectativas para o futuro

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP realiza nos próximos dias 16 e 17 de junho de 2025 dois seminários que debatem os compromissos e políticas da Universidade de São Paulo com relação à extensão universitária. No dia 16, em parceria com a Unesp e a Unicamp, o encontro no Museu do Ipiranga reunirá 200 profissionais das três universidades públicas paulistas para uma troca de experiências sobre as principais tendências e desafios da área. Já no dia 17, focado nas ações da USP, 300 profissionais debatem no auditório István Jancsó, do Espaço Brasiliana, as melhores práticas e políticas que devem ser adotadas pela Universidade.

Mauro Bertotti - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Mauro Bertotti. Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A curricularização da extensão universitária é um tema importante que dialoga com a sociedade e com a aplicação prática do ensino superior no país a partir de projetos que beneficiam a população. Desde 2018, 10% do total da carga horária curricular dos cursos de graduação devem ser compostos por atividades extensionistas, de acordo com a resolução 07/2018 do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Para o professor Mauro Bertotti, assessor da PRCEU e membro da comissão organizadora, “a troca de experiências entre as três universidades é essencial para o fortalecimento da extensão universitária e para o aprimoramento das práticas de ensino, pesquisa e extensão.” Ele reforça que “os seminários são uma oportunidade para a interlocução de ideias e reflexões sobre a extensão universitária e como resultado se espera o aprimoramento e a ampliação do impacto social das ações”.

Programação USP, Unesp, Unicamp

No dia 16 de junho (segunda-feira) o ex-reitor da USP e professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), Jacques Marcovitch ministra a conferência Fundamentos e desafios da extensão universitária no século XXI. Marcovitch foi pró-reitor de cultura e extensão universitária da USP de 1993 a 1997.

Jacques Marcovitch - Foto: IEA/USP

Ex-reitor Jacques Marcovitch fará a conferência de abertura do evento – Foto: IEA/USP

Em 2023 foi lançado o edital Projetos Integrados de Extensão Universitária 2023 – Difusão de Conhecimentos Científicos e Culturais. A proposta foi realizada em conjunto pelas três universidades estaduais paulistas com o investimento de 1 milhão de reais. Foram selecionados 12 projetos e os resultados serão apresentados durante o encontro no Museu Paulista. O evento também prevê ações discutidas por grupos de trabalho sobre diversos temas como matriz curricular, tendências, tecnologias, impacto social e sustentabilidade ambiental.

A programação completa deste Seminário USP, Unesp, Unicamp – Três universidades, um compromisso: integrar, formatar, transformar pode ser conferida no site. Clique aqui!

Programação da USP

O professor Iran Oliveira, que também é assessor da PRCEU e membro da comissão organizadora, ressalta a diferença entre os dois eventos. “No dia 16 serão abordados indicadores e métricas para a cultura e extensão universitária para as universidades estaduais paulistas. E no dia 17, com foco na USP, debateremos os problemas, as soluções, medidas e expectativas para o futuro.”

A vice-reitora da USP Maria Arminda do Nascimento Arruda, que também foi pró-reitora desta área de 2010 a 2015, abre o evento do dia 17 de junho com a palestra Da Cultura à Extensão — caminhos para uma universidade integradora. Na sequência a pró-reitora de cultura extensão universitária Marli Quadros Leite debate sobre o tema A Curricularização na Universidade de São Paulo: implantação e estratégias.

Iran Oliveira. Foto: Arquivo Pessoal

A promoção de ações extensionistas pelas universidades geram impacto positivo com foco no desenvolvimento humano e social. “É preciso pensar no emissor e no receptor. O nosso aluno é um difusor do conhecimento aprendido, mas ele também aprende com a vivência na comunidade local ou com a sociedade civil que recebe a informação”, destaca Oliveira. “É uma troca e a própria sociedade passa a receber de forma direta o conhecimento vindo da universidade. Saímos dos bancos escolares para uma vivência mais cotidiana, mais realística da sociedade em que nós vivemos, em um sistema de mão dupla na transmissão do conhecimento, onde levamos e recebemos, e isso favorece a formação do nosso aluno e também a comunidade”, completa.

 

Texto e arte: Elcio Silva – Jornal da USP

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