Alunos do curso de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveram por meio da metodologia de aprendizagem baseada em projetos e em problemas (PBL, do inglês Problem-Based Learning) o protótipo de um caminhão betoneira como avaliação da disciplina SEP0285 – Práticas em Processos de Produção.
Durante o semestre, 45 alunos do segundo ano do curso participaram das aulas práticas – para vivência e experimentação dos principais processos de fabricação utilizados nas indústrias metalmecânica –, oferecidas pelos professores do Departamento de Engenharia de Produção (SEP) responsáveis pela disciplina, João Fernando Gomes de Oliveira e Marino Rezende, e também os professores colaboradores Eraldo Jannone da Silva e Reginaldo Teixeira Coelho, também do SEP.
Para realizar com sucesso o desafio, cada estudante desempenhou uma função estratégica. Divididos em nove grupos de cinco integrantes, eles tiveram que determinar quais processos seriam aplicados na produção das peças indicadas, definindo quais parâmetros, ajustes e tolerâncias dimensionais seriam utilizados para que no final as peças fossem unidas para formação de um conjunto mecânico: o caminhão betoneira.
“No desafio, eles lidam com questões interdisciplinares, tomam decisões e agem sozinhos e em equipe. Por meio dos projetos são analisadas também suas habilidades de pensamento crítico, criativo e a percepção de que existem várias maneiras para realizar uma tarefa. A avaliação é feita de acordo com o desempenho durante a realização e na entrega dos trabalhos”, comentou Silva.
Para apresentação final, realizada no último dia 30, no Anfiteatro Mori Seiki do SEP, os alunos exibiram para a banca avaliadora o caminhão betoneira montado e também comentaram as principais dificuldades na conclusão de cada etapa. A aluna Beatriz Marcico destacou que o maior desafio foi o diálogo entre as equipes para que as especificações das peças se encaixassem. “A comunicação alinhada entre os grupos era um ponto crucial para o andamento correto do projeto”, explicou.
Para o aluno Caio Shinen o maior aprendizado durante o desenvolvimento da disciplina foi a autonomia e a proatividade que cada aluno precisou ter para desenvolver a própria tarefa. “A metodologia é ativa e as práticas se assemelham a realidade industrial, na qual os erros devem ser mínimos. A cada etapa finalizada éramos avaliados, isso nos estimulava a aprender mais, corrigir as falhas, fazer novas tentativas e apresentar soluções para as próximas etapas”, salientou.
Durante o desenvolvimento do protótipo, os participantes da disciplina contaram também com o apoio dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Franco Moro, Gustavo Pollettini e Alex Bottene que também é bolsista do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE). Eles orientaram os graduandos com o embasamento teórico e técnico auxiliando na execução dos projetos e na fabricação das peças juntamente com o apoio dos técnicos de laboratório para conferir as especificações e o manuseio seguro das máquinas.
Por Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC
Fotos: Keite Marques