Regina Pekelmann Markus, Manuela Carneiro Ligeti da Cunha e Yvonne Mascarenhas são as vencedoras da 5ª edição do Prêmio Carolina Bori
Três pesquisadoras com trajetórias de docência na USP foram anunciadas como vencedoras da quinta edição do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC): Regina Pekelmann Markus, na área de Biológicas e Saúde; Manuela Carneiro Ligeti da Cunha, na área de Humanidades; e Yvonne Mascarenhas, na área de Engenharias, Exatas e Ciências da Terra. Neste 2024, o prêmio homenageia pesquisadoras de instituições nacionais que tenham prestado relevantes contribuições à ciência e à gestão científica e realizado ações em prol da ciência e da tecnologia nacional. O anúncio das vencedoras foi feito no último dia 19 de janeiro.
Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha é professora sênior do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Já Regina Pekelmann Markus, é professora do Instituto de Biociências (IB). Yvonne Mascarenhas é professora aposentada, em exercício, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC).
A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no dia 6 de fevereiro às 10 horas, no Salão Nobre do Centro Universitário Maria Antônia da USP, no mesmo dia em que se celebra o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco.
“É uma nova oportunidade”, afirma Regina Markus, que busca, com o prêmio, dar maior visibilidade ao que ela chama de “ciência disruptiva”. “O Brasil precisa criar a cultura da importância do processo científico, que não admite ‘verdades’, e sim um seguir de questionamentos para levar a patamares cada vez mais amplos e diversos”, defende a pesquisadora.
A livre-docente do IB foi responśavel por introduzir o conceito de Eixo Imuno-Pineal, mostrando que a defesa a uma agressão por microorganismos, poluição ambiental, agressão física e mesmo depressão aguda impedem, por um curto espaço de tempo, a circulação do hormônio do escuro, a melatonina. Essa constatação permitiu compreender por que remédios funcionam para certas pessoas e não para outras e trouxe mudanças práticas na farmacologia, como quanto ao horário em que os remédios devem ser administrados.